28 de fevereiro de 2011

Sensores e suas variações

   Tudo o que deveria ter sido falado sobre sensores já está por aí na grande rede e o Foto Fácil humildemente vai ser apenas mais uma fonte de pesquisa. Difícil é encontrar uma figura que representa os tamanhos de todos os sensores usados atualmente, todos que encontrei sempre faltava algum mas o que eu postei considero o mais completo.
 Exemplo de sensor CCD

   Há dois tipos básicos de sensores, o CMOS e o CCD. O primeiro por teoricamente funcionar melhor em situações de maior luminosidade e ter alguma deficiência em situações de baixa luminosidade é usado em larga escala nas câmeras reflex ou DSLR já que custa mais barato e pelo seu tamanho avantajado nas DSLR consegue suprir com certa facilidade essa deficiência. Nas compactas, desde 2008 com a Canon SX1 estamos começando uma nova era com seus sensores CMOS com componente retroiluminado que tenta suprir tal deficiência mas ainda sem grande sucesso.
 Sensor CMOS "Full frame" da Sony

   Por isso, nas compactas quase sempre se usou o CCD que teoricamente se comporta melhor em baixa luz mas tem leve tendência a "estourar" as fotos em que há muita luz. Isso seria facilmente corrigido com os controles manuais mas hoje em dia as opções com estes controles é um pouco reduzida, apenas a Canon possui câmeras de baixo custo com estes comandos.
 Revolucionário sensor Foveon da Sigma

   Além dessa questão da luminosidade, ainda há as outras vantagens que o sensor CMOS nos traz que são os modos contínuos super rápidos, que na Panasonic FZ100 chegam a 13fps na sua resolução mais alta, enquanto que na mais baixa pode se chegar até a incríveis 60fps; os vídeos Full HD até bem pouco tempo eram vistos apenas nas cameras equipadas com CMOS, quem quebrou essa exclusividade foi a Panasonic que este ano fez câmeras com sensor CCD (inclusive a TS3 à prova d'água) com vídeos em resolução de 1920x1080 pixels.
 Pentax 645 foi a primeira câmera de médio formato lançada esse ano

   Mas a maior questão envolve o tamanho dos sensores e a qualidade da imagem gerada por eles é totalmente proporcional ao seu tamanho. Nesse caso, tamanho é documento e quanto maior o sensor, maior a qualidade das fotos. Daí o abismo entre as compactas incluindo as superzoom, e as reflex e isso pode ser medido na figura abaixo:
Tabela com os tamanhos dos sensores atuais

Sensores 1/2.5 - Usados em algumas compactas até 2009 como Canon SX120, Nikon L19, Kodak C140, Panasonic ZS1 e Samsung PL10. Parece que está morto e enterrado.

Sensores 1/2.4 - É o tamanho do sensor CMOS da Sony nas câmeras de 2009 e 2010 como HX1, HX5 e TX5. Também parece ter sido descontinuado.

Sensores 1/2.3 - Padrão das atuais compactas, usado em todas elas, fora as exceções citadas acima e as que citarei abaixo. Há uma pequena variação que é o 1/2.33 mas com uma diferença de apenas 1mm tanto na altura quanto na largura.

Sensores 1/2 - Não está na figura acima mas é o tamanho do sensor que equipa as câmeras EXR da Fuji desde 2010. Até 2009 ele media 1/1.6.

Sensores 1/1.7 - Agora entramos no tamanho dos sensores que equipam as melhores compactas que existem. Pode ser encontrado na Nikon P7000, Samsung EX1, Canon G12 e S95.

Sensores 1/1.63 - Ligeiramente maior que o citado acima, é desenvolvido em conjunto por Leica, Panasonic e Olympus e é encontrado apenas nas câmeras Panasonic LX3 e LX5 e Olympus XZ1.

Sensores 4/3 - Desenvolvido pelas mesmas 3 fabricantes acima e usado nos sistemas 4/3 e Micro 4/3 de lentes intercambiáveis e sem espelho, PEN da Olympus e G da Panasonic. Também equipa as reflex Olympus.

Foveon - Sensor revolucionário (e provavelmente o melhor do mundo) que equipa as câmeras da Sigma, como a DP2 que foi citada no quadro e possui fator de corte de 1.7x. Leia mais sobre o Foveon aqui.

Sensores APS-C 1.6x - Sensor que equipa a maioria das reflex Canon.

Sensores APS-C 1.5x - Sensor que equipa a maioria das reflex Nikon, Sony e Pentax.

Sensores APS-C 1.3x - Sensor que equipa as reflex Canon da série 1D. Também não está no quadro acima.

Sensores "Full-Frame" - São os que possuem o mesmo tamanho do fotograma de 35mm das antigas câmeras amadoras de filme. Presente nas séries 1Ds e 5D da Canon, série D3 e D700 da Nikon e Sony A850 e A900.
 Canon 1D Mark IV é uma das poucas com APS-C de crop 1.3x

   Ainda há os sensores das câmeras de médio e grande formato que são bem maiores que os 35mm e a Sony recentemente resolveu "ressuscitar" o minúsculo sensor de 1/3 na S3000 que havia sido usado pela última vez em 2007 pela Canon e espero que isso não se torne uma tendência.
   A postagem está bem superficial e gostaria que os colegas complementassem se encontrarem qualquer informação relacionada ao assunto.

   Postagem sugerida pela Helena, moderadora da comunidade Fotografia Digital Brasil no Orkut.

24 de fevereiro de 2011

Mais compactas automáticas Nikon

   Dando continuidade à enxurrada de lançamentos de Janeiro e Fevereiro, temos mais 4 modelos Nikon para o público que deseja apontar e disparar e que cabem no bolso. As séries S e L da Nikon acabam de ganhar duas novas irmãzinhas, cada.
 A Nikon L23 é uma agradável surpresa em meio a tantos megapixels

   A Nikon L23 é uma grata surpresa pois será a compacta mais barata desta marca com resolução de 10MP em sensor CCD; lente com 5x de zoom cobrindo distância focal de 28-140mm com abertura 2.7-6.8 e supermacro de 3cm; sensibilidade ISO até 1600; estabilização apenas digital; modo contínuo de 1.4fps; vídeos VGA com taxa de 30fps; seu LCD mede 2.7 polegadas; e é alimentada por 2 pilhas AA.
 Painel traseiro com botões suficientes para um bom manuseio

   Opinião do blogueiro: Surpreendente. Pelo seu baixo custo, já que as compactas da série L costumam custar menos de 300 reais aqui no Brasil, parece ser a concorrente mais próxima da Canon A800. Possui supermacro de 3cm, uma lente bem clara para essa faixa de preço e um bom zoom. Recomendada.
 A L24 fica muito aquém do modelo anterior

   A Nikon L24 traz o sensor CCD entupido com 14MP; lente com 3.6x de zoom cobrindo distância focal de 37-134mm com abertura 3.1-6.7 e macro de 5cm; sensibilidade ISO até 1600; estabilização apenas digital; modo contínuo de 0.7fps; vídeos VGA com taxa de 30fps; seu LCD mede 3 polegadas; e é alimentada por 2 pilhas AA.
 Painel traseiro idêntico ao da L23
   
   Opinião do blogueiro: A L24 não merece os mesmo elogios da sua irmã. Essa distância focal com "grande angular" de 37mm nem deveria existir mais e com essa resolução altíssima, não vejo nenhum atrativo nesta câmera. Não recomendo, ela é bem pior que a L23.
 Design tradicional da série S da Nikon

    A Nikon S2500 conta com sensor de 12MP; sua lente de 4x de zoom cobre distância focal de 27-108mm com abertura de 3.2-5.9 e macro de 8cm; sensibilidade ISO até 3200; estabilização apenas digital; modo contínuo de 0.9fps; vídeos VGA com taxa de 30fps; seu LCD mede 2.7 polegadas; e é alimentada por bateria.
 Modelo bem fino, cabe no bolso com facilidade

   Opinião do blogueiro: Boa opção para quem procura câmera com desempenho parecido com a boa L23 mas alimentada por bateria em vez de pilha. Ainda assim fica um pouco atrás com o fraco macro de 8cm e lente não tão clara mas há a possibilidade de fotos panorâmicas. Há opções melhores no mercado.
 Quero ver usar uma dessa na rua

   A Nikon S3100 tem 14MP de resolução; sua lente de 5x de zoom cobre distância focal de 26-130mm com abertura de 3.2-6.5 e macro de 10cm; sensibilidade ISO até 3200; estabilização apenas digital; modo contínuo de 0.7fps; vídeos HD com taxa de 30fps; seu LCD mede 2.7 polegadas; e é alimentada por bateria.
 Também cabe no bolso apesar do zoom mais extenso

   Opinião do blogueiro: Também faz panorâmicas e tem como outros atrativos os vídeos HD e o tratamento antirreflexo no seu LCD. No mais, o pífio macro de 10cm compromete o desempenho da Câmera mas sua lente possui uma bela grande angular de 26mm. A concorrência é pesada e deve passar por cima desta também.

 

22 de fevereiro de 2011

A desvalorização do fotógrafo pelo fotógrafo

   Já há algum tempo venho pensando em fazer uma postagem sobre esse assunto mas me faltava inspiração, e principalmente, experiência no ramo já que não sou muito afeito a fotografia profissional. Apesar de já ter trabalhado em vários eventos, não gosto, não sinto prazer em trabalhar com fotografia. E essa postagem é dedicada aos novos fotógrafos que vem surgindo e tem alguns muito bons que frequentam o blog.

   Encontrei o texto do fotógrafo Cid Costa Neto, que fala exatamente o que eu penso e exprime o sentimento de indignação em relação a algumas ideias e práticas realizadas no atual mundo da fotografia. Segue a reprodução na íntegra do texto divulgado no blog do próprio Cid, http://cidcostaneto.blogspot.com/

   "A chegada da era digital na Fotografia trouxe consigo diversas facilidades para o fotógrafo. A agilidade na edição, armazenamento da imagem, bem como na sua cópia e muitas outras facilidades que agora não convém citar. O importante é perceber que essa facilidade trouxe também uma maior possibilidade ao erro. Antigamente, errar custava caro, perdia-se filme e muito tempo. Hoje em dia o erro parece menos significante, pois no digital, além da possibilidade de fazer e refazer várias fotos, é possível constatar imediatamente o erro (antes era necessária a revelação e então, já era tarde demais).

  Em todos esses aspectos, não há duvida que a fotografia digital veio para agregar e contribuir com o fotógrafo, mas percebo que e esse volume exacerbado que ela oferece tem prejudicado muito o mercado profissional. O volume de fotos tornou-se muito maior e passou a ser comum alguns fotógrafos oferecerem centenas de imagens como resultado de um único ensaio.

   Essa prática, no entanto é extremamente prejudicial, pois cria a idéia de que o importante  no produto fotográfico é a quantidade e não a qualidade do serviço. O consumidor virá até o meu estúdio, esperando levar para casa centenas de fotos "meia-boca", ao invés de poucas dezenas devidamente bem tiradas e editadas com perfeição.

   O surgimento recente de sites de compra coletiva veio então reforçar esse conceito. Outro dia vi uma oferta no Peixe Urbano que me deixou assustado. Books com 200 fotos "tratadas" por R$140,00. Sem considerar que as vezes até 50% desse valor vai para a comissão do site, isso significa que cada foto está sendo comprada a R$1,42. Hoje fiquei sabendo de uma outra promoção, dessa vez pelo Groupon, onde 200 fotos saem por R$69,00. Ou seja, 34 centavos cada foto! Com esse valor não é possível pagar os custos do próprio ensaio! Que dirá então os custos mensais, investimento e alimentação... Sim, fotógrafo também tem que comer! Basta colocar tudo na ponta do lápis para perceber o que estou falando.

    Ainda não consigo compreender, como conseguem "tratar" 200 fotos. Com toda minha agilidade de edição, não consigo gastar menos de 15 minutos em cada foto. Ou seja, 20 fotos a cada 5 horas. Será que sou muito lento ou estão chamando o simples processo de revelação digital (equalização) da imagem, que é feito em lote, de tratamento?

   Nunca fui contra a diferença de preços em qualquer mercado, pois acredito que cada um leva aquilo que paga. Se você não tem grana pra pagar um serviço com excelência, pague por outro menor. Até aí tudo bem, mas práticas como essa desvalorizam o próprio trabalho de quem o faz e desprestigia toda uma classe de profissionais.

   Deixo aqui o meu desabafo e espero sinceramente que esses "profissionais" repensem o valor de seu próprio trabalho."

    Acessem o site que tem Cid Costa Neto como editor: http://www.resumofotografico.com/ e apreciem o seu trabalho: http://www.cidcostaneto.com.br/ Muito obrigado pela autorização em reproduzir esse texto que precisa chegar ao maior número possível de pessoas interessadas no assunto.

18 de fevereiro de 2011

L120 e S9100: Novas superzoom automáticas da Nikon

   O terror das superzoom chega a sua terceira geração: Se não for a superzoom mais vendida no Brasil, a série L100 é, com certeza, a mais procurada e muito disso se deve à excelente estratégia de marketing da Nikon que vende uma câmera com longo alcance em um corpo que se assemelha a uma reflex e por ser totalmente automática custa muito mais barato. E como eu já disse anteriormente aqui, é uma excelente opção para quem quer bastante zoom sem se preocupar com muitas configurações. E dessa vez ela vem acompanhada...
 Nikon adere à nova categoria de câmeras de bolso com longo alcance

   A Nikon S9100 vem se juntar a tantas outras câmeras de outros fabricantes que trazem longo alcance em corpos bem compactos que até cabem no bolso. Com sensor CMOS de 12MP; lente com 18x de zoom cobrindo distância focal de 25-450mm com abertura 3.5-5.9 e supermacro de 4cm; a velocidade dos cliques varia entre 1/2000 e 1 segundo; estabilização pelo sensor; sensibilidade ISO até 3200; modo contínuo de 9.5fps; vídeos Full HD com taxa de 30fps e em super câmera lenta a 240fps; o alcance do flash é de 4 metros; seu LCD mede 3 polegadas; e é alimentada por bateria.
 Controle giratório ajuda a dar agilidade

   Opinião do blogueiro: A grande angular de 25mm é espetacular mas a falta de longa exposição é imperdoável. A abertura não é grande coisa e o macro é de 4cm, razoável. A presença de panorâmicas, inclusive de 360º, e também dos vídeos em super câmera lenta amenizam a avaliação da câmera mas como essa nova categoria de câmeras já começou com pesada concorrência, não recomendo esta S9100 pois ela fica um pouco atrás das demais.
 A princípio, achei tosco esse novo controle lateral de zoom

   A Nikon L120 vem pra manter o seu reinado. Com resolução de 14MP em sensor CCD; sua lente com 21x de zoom cobre distância focal de 25-525mm com abertura de 3.1-5.8 e supermacro de 1cm; a velocidade dos cliques varia entre 1/4000 e 60 segundos; estabilização pelo sensor; sensibilidade ISO até 6400; vídeos HD com taxa de 30fps; o alcance do flash é de 6 metros; o LCD mede 3 polegadas; e é alimentada por 4 pilhas AA.
 Acho que dava pra colocar um viewfinder nela...

   Opinião do blogueiro: As especificações são boas, sobretudo da lente pois conta com excelente grande angular de 25mm, a abertura é relativamente boa para uma superzoom e o macro de 1cm é essencial, não canso de repetir isso. A velocidade dos cliques é espetacular com um disparo muito rápido e uma longa exposição espetacular. O ponto fraco seria a alta resolução mas o público-alvo desta câmera não se importa com isso. Bola dentro, super recomendada.

17 de fevereiro de 2011

Canon SX220, SX230 e outras mais...

   A série SX de pequeno porte da Canon é disparada a mais recomendada por mim devido à presença de controles manuais a baixo custo. SX100 em diante para quem prefere pilha e SX200 em diante para quem prefere bateria. Não tem erro, ainda não há concorrencia para elas simplesmente porque os outros fabricantes não abaixam os seus preços. E a Canon vai reinando sozinha...
 Esteticamente idêntica a sua antecessora SX210, apenas cores diferentes

   As Canon SX220 e SX230 são idênticas a não ser pelo fato de a última possuir GPS integrado, é a única diferença. Com sensor CMOS de 12MP; sua lente com 14x de zoom cobre distância focal de 28-392mm com abertura 3.1-5.9 e macro de 5cm; a velocidade dos cliques varia entre 1/3200 e 15 segundos; possui estabilização óptica; sensibilidade ISO até 3200; modo contínuo de 3.2fps; vídeos Full HD com taxa de 24fps e em super câmera lenta a 240fps; o alcance do flash é de 3.5 metros; seu LCD mede 3 polegadas; e é alimentada por bateria.
Dial com muitos modos de exposição incluindo manual e prioridades

   Opinião do blogueiro: Em relação a sua antecessora, a única grande mudança é a redução de resolução com seu sensor CMOS, além de ser a primeira câmera Canon com GPS embutido. Tecnicamente não possui grandes inovações e o flash continua sendo o grande ponto fraco mas mantendo a alta qualidade da série SX vai sempre ser recomendada, principalmente pela presença dos controles manuais.
 Mantido o design da série SD, agora rebatizada como ELPH

   A Canon ELPH100 também conta com sensor CMOS de 12MP; sua lente com 4x de zoom cobre distância focal de 28-112mm com abertura de 2.8-5.9 e supermacro de 3cm; a velocidade dos cliques varia entre 1/1500 e 15 segundos; possui estabilização óptica; sensibilidade ISO até 3200; modo contínuo de 3.4fps; vídeos Full HD com taxa de 24fps e super câmera lenta a 240fps; o alcance do flash é de até 4 metros; seu LCD mede 3 polegadas; e é alimentada por bateria.
 Botão dedicado para vídeos de fácil acesso

   Opinião do blogueiro: Câmera simples, sem grandes atrativos mas dependendo do seu preço pode chamar atenção pelos vídeos em super câmera lenta, abertura respeitável e macro de 3cm que é, na verdade, um dos maiores trunfos da Canon pois as outras marcas apenas correm atrás dela nesse item.
 Lente na cor da câmera dá um charme a mais

   A Canon ELPH300 possui o mesmo sensor das câmeras citadas anteriormente; sua lente com 5x de zoom cobre ótima distância focal de 24-120mm com abertura de 2.7-5.9 e supermacro de 3cm; a velocidade dos cliques varia entre 1/2000 e 15 segundos; possui estabilização óptica; sensibilidade ISO até 3200; modo contínuo de 3.4fps; faz vídeos Full HD com taxa de 24fps e em super câmera lenta a 240fps; o alcance do flash é de 3.5 metros; seu LCD mede 2.7 polegadas; e é alimentada por bateria.
 Botão deslizante não muito amigável no painel traseiro

   Opinião do blogueiro: Ótima grande angular de 24cm com boa abertura além do macro de 3cm já são suficientes para se recomendar uma câmera. A adição de vídeos em super câmera lenta é mais uma arma na guerra contra a concorrência mas...será que há espaço pra tantos modelos assim no mercado?

15 de fevereiro de 2011

HX9 e HX100: Novas superzoom da Sony

   A Sony faz sua contribuição para inchar o já saturadíssimo mercado de compactas superzoom mas até que temos boas novidades como a inclusão de uma lente Carl Zeiss Vario-Sonnar T* pela primeira vez em uma compacta. Essa lente é conhecida pela excelente nitidez e parece uma resposta à Nikon que deu uma melhorada providencial nas lentes de suas compactas. Canon e Panasonic que se cuidem...
Design já conhecido das câmeras de menor porte da série H

   A Sony HX9 é o exemplo típico de como o mercado está saturado. Se até 2008 as fabricantes tinham 1 categoria de superzoom, até 20x por exemplo, a partir de 2009 começaram a produzir duas linhas de superzoom, uma entre 14 e 16x de zoom, e outra na casa dos 24 e 26x de zoom. Agora, em 2011, as fabricantes se obrigam a montar 3 categorias de superzoom: Uma até 14x de zoom, uma intermediária entre 15 e 20x de zoom, e a última que já ultrapassa os 30x de zoom como a Nikon P500 com seus 36x de zoom.
 Modo manual e saída de som estéreo

   Com sensor CMOS de 16MP, a sony HX9 traz uma lente com 16x de zoom cobrindo distância focal de 24-384mm com abertura 3.3-5.9 e macro de 5cm; a velocidade dos cliques varia entre 1/1600 e 30 segundos; possui estabilização óptica; sensibilidade ISO até 3200; modo contínuo de 10fps; faz vídeos Full HD com taxa de 50fps; o alcance do flash é de 5.6 metros; seu LCD mede 3 polegadas; e é alimentada por bateria.
 Painel traseiro com controle giratório e botão dedicado para vídeos

   Opinião do blogueiro: Como o mercado de câmeras está saturado, acho imperdoável ter abertura pior que 3.0 mas a grande angular de 24mm compensa um pouco isso. No mais, são 16x de zoom que cabem (com jeitinho) no bolso. Possui panorâmica 3D, GPS, controles manuais (sem modos de prioridades) e opções de retoque que são diferenciais. Só recomendada se custar menos de 800 reais no Brasil.
 Um pouco mais "monstruosa" que sua antecessora

   A Sony HX100 apesar da numeração bem diferente, parece ser uma sucessora da HX1, a não ser que a Sony crie mais uma divisão intermediária de superzoom. Com o mesmo sensor da HX9, sua lente com 30x de zoom cobre distância focal de 27-810mm com abertura de 2.8-5.6 e supermacro de 1cm; a velocidade dos cliques (a nível de reflex) varia entre 1/4000 e 30 segundos; possui estabilização óptica; sensibilidade ISO até 3200; modo contínuo de 10fps; vídeos Full HD com taxa de 50fps; seu LCD móvel mede 3 polegadas; e é alimentada por bateria.
 Muitos controles parecem tornar esta máquina bem interessante

   O detalhe interessante fica por conta do pequeno, mas útil, anel de zoom manual, muito mais eficaz que botões, alavancas ou borboletas no painel traseiro ou ao redor do botão de disparo. O outro grande diferencial é a lente Carl Zeiss Vario-Sonnar T* com vidros de altíssima qualidade; agora sim a Carl Zeiss fazendo lentes de qualidade para as compactas Sony.
 Utilíssimo LCD móvel além do quase extinto viewfinder eletrônico

   Opinião do blogueiro: Também equipada com GPS, controles manuais, sweep panorama, enfim, tem tudo que a Sony faz de melhor para suas câmeras, e tem até viewfinder! Apesar da resolução e zoom muito exagerados (a densidade de MP já beira os ridículos 60MP/cm²) me parece ser tecnicamente a melhor compacta que a Sony já fez pois a qualidade da lente conta muito para isso. Recomendada.

12 de fevereiro de 2011

Câmeras com tecnologia touchscreen para 2011

   Já até falei de alguns modelos com esta tecnologia esse ano mas a enxurrada de lançamentos anda tão grande, o mercado anda tão saturado de novos modelos que estou precisando dividir as postagens. Hoje serão dois modelos Nikon, um Panasonic e um Canon. Lembrando sempre que nem todos estes lançamentos chegam ao Brasil. E ainda tem o firefox implicando com meu blog...
Design elegante com linhas arredondadas na Nikon S4100

   A Nikon S4100 possui resolução de 14MP; sua lente com 5x de zoom cobre distância focal de 26-130mm com abertura de 3.2-6.5 e macro de 10cm; a velocidade dos cliques varia entre 1/2000 e 4 segundos; estabilização apenas digital; sensibilidade ISO até 3200; modo contínuo de 0.7fps; vídeos HD com taxa de 30fps; o alcance do flash é de 4.5 metros; seu LCD mede 3 polegadas; e é alimentada por bateria.
Botão dedicado para vídeos agiliza bastante essa função

   Opinião do blogueiro: Câmera básica que tem tudo pra agradar quem quer uma camera com LCD sensível a toque sem pagar muito caro já que seu preço previsto no exterior é de 180 dólares. Ponto fraco é o macro já que hoje qualquer câmera baratinha tem no máximo 5cm de macro mas compensado pela ótima grande angular.
Esse é o design mais clássico da série S da Nikon

   A Nikon S6100 possui resolução de 16MP (quem disse que a Nikon não ia entrar nessa?); sua lente com 7x de zoom cobre distância focal de 28-196mm com abertura de 3.7-5.6 e supermacro de 3cm (Nikon da Europa diz que é 10cm); a velocidade dos cliques vai de 1/2000 a 4 segundos; estabilização óptica; modo contínuo de 1.2fps; vídeos HD com taxa de 30fps; alcance do flsh de 4.5 metros; LCD de 3 polegadas; e é alimentada por bateria.
Mesmo com 7x de zoom, a S6100 cabe no bolso

   Opinião do blogueiro: Fora a controvérsia do supermacro, tem essa péssima abertura e a resolução alta que deixa o sensor mais entupido que prisão brasileira. Não gostei até porque a irmã menor tem uma grande angular e abertura melhores que essa.
Botões sem muito relevo podem se tornar uma dificuldade

   A Panasonic FX78 é a sucessora da boa FX70, conta com 12MP de resolução; sua lente com 5x de zoom cobre distância focal de 26-130mm com ótima abertura de 2.5-5.9 e supermacro de 3cm; velocidade dos cliques digna de reflex vai de 1/4000 a 60 segundos; estabilização óptica; sensibilidade ISO até 6400; modo contínuo de 3.7fps; faz vídeos Full HD com taxa de 30fps; o alcance do flash é de 5.9 metros; seu LCD mede 3.5 polegadas; e é alimentada por bateria.
Visual totalmente limpo, sem botões nas touchscreen da Panasonic

   Opinião do blogueiro: A Panasonic não está pra brincadeira, manteve a resolução de 12MP em um sensor CCD que está fazendo coisas que antes só eram possíveis com o CMOS como vídeos Full HD e modo contínuo rápido. A lente Leica dispensa comentários além de ser bem clara, com disparos de 1/4000 a 60 segundos você faz qualquer tipo de foto. Espetacular!
Isso não é um chocolate, é uma câmera

   A Canon muda a nomenclatura da série SD para uma antiga nomenclatura usada sobretudo na europa com a Canon ELPH500 que tem sensor CMOS de 12MP; sua lente com aproximadamente 4.4x de zoom cobre distância focal de 24-105mm com espetacular abertura de 2.0-5.8 e macro de 5cm; velocidade dos cliques varia entre 1/1600 e 15 segundos; estabilização óptica; sensibilidade ISO até 3200; modo contínuo de 8.2fps; vídeos full HD com taxa de 24fps; o alcance do flash é de 5 metros; LCD de 3.2 polegadas; e é alimentada por bateria.
Único botão presente é o de visualização, podia seguir exemplo da Nikon
 
   Opinião do blogueiro: Também não está pra brincadeira, lente com abertura 2.0 deixa qualquer conorrência pra trás mas ainda tem que exorcizar o fantasma da baixa qualidade do CMOS em compactas. Faz vídeos em super câmera lenta a 240fps e ainda possui modos de prioridade de abertura e velocidade. Pela lente super clara e presença de controles manuais tá recomendada com louvor. Maravilhosa!

10 de fevereiro de 2011

Série P da Nikon traz boas novidades: P300 e P500

   Neste frenético mundo da fotografia digital, há tantos novos modelos sendo lançados que essa quantidade absurda não consegue ter novidades suficientes para o público. Não seria melhor termos 30% menos câmeras no mercado mas com alguma coisa relevante? Felizmente, a Nikon mantém a tendência iniciada ano passado com lentes super claras e ainda confirma uma nova tendência para 2011 que são as super grandes-angulares!
 Câmera de design clássico com linhas retas

   A Nikon P300 traz junto ao seu CMOS de 12MP de resolução, uma lente com aproximadamente 4.2x de zoom cobrindo distância focal de 24-100mm com maravilhosa abertura 1.8-4.9 e ainda possui supermacro de 3cm! A velocidade dos cliques varia entre 1/2000 e 8 segundos; possui estabilização óptica; sensibilidade ISO até 3200; modo contínuo de 8fps; faz vídeos Full HD com taxa de 30fps e câmera lenta a 120fps; alcance do flash é de 6.5 metros; o LCD mede 3 polegadas; e é alimentada por bateria.
 Muitas opções de controles dão agilidade a esta câmera

   Outros atrativos são a presença de modos dedicados a HDR e panorâmicas inclusive de 360º, muito procurados hoje em dia; a resolução do LCD é bem alta, de 921000 pixels; o processador é o Expeed C2, o mais moderno entre as compactas; opções de retoque já conhecidas da Nikon; e a presença dos tão prezados por mim, controles manuais.
 Painel traseiro com poucos botões é tradição na Nikon

   Opinião do blogueiro: Tem tudo para ser uma espetacular câmera pois a Nikon melhorou muito a qualidade das lentes de suas compactas a partir da P100. Entra na briga com Canon SX120 e SX130, as Panasonic ZS, as Sony HX de pequeno porte e Fuji série F. Vai depender do preço mas pelas suas características tá altamente recomendada.
 Design semelhante ao da antecessora P100

   A Nikon P500 vem com ares de sucessora da P100 com sensor CMOS de 12MP; lente com 36x de zoom cobrindo a espetacular distância focal de 22.5-810mm com decepcionante abertura de 3.4-5.7 compensada com supermacro de 1cm; a velocidade dos cliques varia entre 1/1500 e 2 segundos; estabilização pelo sensor; sensibilidade ISO até 3200; modo contínuo de 8fps; vídeos full HD com taxa de 30fps e em câmera lenta a 240fps; o alcance do flash é de 8 metros; o LCD móvel mede 3 polegadas; e é alimentada por bateria.
 Botão dedicado para modo contínuo perto do botão de disparo

   Prestem atenção aos 36x de zoom da P500 pois ela NÃO possui alcance maior que a Canon SX30 (35x) e a Olympus SP800 (30x), o que vale é a distância focal que é de 810mm no máximo contra 840mm das outras duas. Também possui o mesmo processador, controles manuais, modo panorâmico e resolução do LCD que a P300 possui.
 Todas as fotos retiradas do site do fabricante

   Opinião do blogueiro: Louvável atitude da Nikon em colocar uma grande angular de 22.5mm nesta câmera, isso até a absolve de ter uma abertura relativamente baixa mas faz esta câmera de 36x ser ótima para paisagens, nada vai escapar desta lente. O macro de 1cm é a cereja do bolo desta bela câmera mas a falta de longa exposição é imperdoável. Recomenda com ressalvas.

9 de fevereiro de 2011

A Fotografia e sua história

   Dando prosseguimento à parceria com o curso de fotografia Grande Angular, hoje temos uma postagem especial enviada pela coordenadora do curso, Márcia Costa. O Foto Fácil se sente honrado pela oportunidade de ter um texto com tantas referências sobre o início da fotografia e alguns de seus mestres.

Grande Angular Curos de Fotografia
Básico - Estúdio - Photoshop - Iluminação
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   A fotografia surgiu do desejo do homem retratar o mundo a sua volta. Desde os primórdios, com a arte rupestre nas cavernas, a pintura e os movimentos artísticos, o homem vem registrando tudo o que vê.  Com a fotografia não foi diferente.
    A máquina fotográfica nada mais é do que o aperfeiçoamento da câmera escura, inventada por Aristóteles (que a usava para observar eclipses), e aperfeiçoada por Da Vinci em seus esboços de pintura. Esta câmera era então uma caixa fechada, apenas com um orifício em uma das extremidades, e que projetava a imagem invertida em sua parede oposta. Quando um objeto era colocado em frente a este orifício, a imagem era projetada de cabeça para baixo e servia de molde para o pintor. Assim funciona a câmera fotográfica.
 Primeira câmera fotográfica da Kodak

     Partindo desse ponto, muitos foram os que tentaram fixar esta imagem em alguma superfície, com dimensões menores que a caixa preta. Se Da Vinci criou a imagem que ficava dentro da caixa, precisando ser pintada depois, o desafio se tornou fixá-la diretamente.
     Um dos primeiros a conseguir este feito foi o francês Joseph Nicéphore Niépce, em 1826. Foi atribuída a ele a primeira fotografia feita no mundo, que retratou a vista da janela de seu ateliê, e levou oito horas para ser fixada em uma placa de estanho coberta de betume da Judéia. Paralelamente a ele, outros homens no mundo tentavam reproduzir as mesmas experiências, como outro francês, Louis Jacques Mandé Daguerre.
No Brasil, um francês radicado em Campinas, Hércules Florence, desenvolveu negativos e foi o primeiro a utilizar o termo “photographie”, em 1833. Porém, esta descoberta só veio a público em 1976, através do historiador Boris Kossoy, que apresentou as anotações e os experimentos  de Florence ao Instituto de Tecnologia de Rochester, nos Estados Unidos. Ficou assim comprovada a descoberta, realizada no Brasil, como pioneira. 
Eis o famoso Daguerreótipo
     Daguerre e Niépce começaram a trocar correspondências e informações sobre a fixação de imagens em placa de cobre sensibilizada com produtos químicos.
     Com a morte de Niépce, e com muitos outros fazendo pesquisa sobre este tipo de processamento, Daguerre expôs sua criação na Academia de Ciências e Belas Artes e vendeu ao governo Frances a invenção da fotografia em troca de uma pensão vitalícia, em 19 de agosto de 1839, na França.
     Dessa forma surgiu o Daguerreótipo, nome dado ao equipamento e ao estojo onde era colocada a placa com a imagem gravada, após ser retirada da câmera. Uma placa de cobre, sensibilizada com prata e fixada com vapor de mercúrio era colocada em uma caixa de madeira, que então levava apenas 20 minutos para fixar a imagem.
    A fotografia foi a sensação do momento. O problema é que a imagem era única, não havia a possibilidade de cópias. Para realizá-las, era necessário que a pessoa ficasse sentada em uma cadeira especial, imóvel, quantas vezes fosse o número de imagens desejadas, por um período de 20 minutos para cada foto. Mas este processo não durou muito - logo a possibilidade de cópias surgiu, pois as pesquisas não pararam.
 Primeira foto de Niépce

   Fox Talbot, na Inglaterra, inventa o Calótipo em 1841. Tratava-se de uma base de papel emulsionada com sais de prata que registrava uma matriz em negativo a partir da qual era possível fazer cópias positivas. Em 1851, Frederick Scott Archer demonstrou na Grã-Bretanha o Colódio Úmido, negativo de vidro processo 20 vezes mais rápido que os anteriores, em que os negativos apresentavam uma riqueza de detalhes semelhantes à do daguerreótipo, com a vantagem de permitir a produção de várias cópias. Passou-se então da cópia única na chapa de metal ao negativo de vidro, tornando possível a reprodutibilidade e infinidade de cópias.
      Mas a fotografia despontou mesmo no mundo com a Kodak. Em 1888, a empresa lançou uma câmera portátil, de película (o nosso velho e bom filme de negativo), capaz de produzir 100 imagens, com o slogan: “Aperte o botão que nós fazemos o resto!”.
Bastava comprar a câmera, com filme para 100 imagens nas lojas de George Eastman. Depois dos cliques, era só levar a máquina de volta à loja, para pegar suas fotos e mais uma câmera com um rolo de filme com outras 100 fotos prontas para clicar. Foi o “boom” da fotografia no mundo.
 Estojo com foto feita pelo Daguerreótipo

     De lá pra cá, quanta evolução! Hoje não utilizamos mais Daguerreótipo, filmes e negativos, mas um chip. Nossas câmeras, por meio de pulsos elétricos, formam a imagem e a armazenam, e dependendo da capacidade do cartão de memória, fazem mais de mil imagens. Estas fotografias ainda podem rodar o mundo em minutos através da Internet.
A revolução digital veio aumentar, e muito, a popularidade da fotografia e fez crescer, também, o número de fotos produzidas individualmente, já que o filme ficava limitado ao número de chapas por rolo. Antes, aumentar o número de fotos acarretaria em custos mais altos com filmes e revelação, e este problema resolvido com a tecnologia.
     A fotografia evoluiu e muito, desde sua invenção. Não duvide que novas coisas possam surgir ainda. A cada dia aparece uma nova câmera no mercado. A fotografia digital ainda não atingiu a perfeição da imagem como a película, apesar de ser muito boa. Mas isso não deve demorar muito.
O mais interessante disso tudo é que a fotografia atualmente tornou-se popular, hoje todo mundo tem uma câmera, mesmo que no celular. Repare bem: onde quer que você esteja, há alguém fazendo um registro fotográfico do momento. É como diz o ditado: Uma imagem vale mais que mil palavras!
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