29 de julho de 2013

Objetivas super rápidas para Micro 4/3

   A lendária fabricante alemã de lentes, a Voigtländer (pensaram que era a Leica, né?), lançou recentemente uma objetiva com a surreal abertura de f/0.95 para o sistema Micro 4/3. A previsão era de que já estivesse nas lojas no exterior essa semana mas algo deve ter acontecido para o adiamento. Trata-se de uma 42.5mm mas antes a Voigtländer já havia lançado duas objetivas com esta monstruosa abertura para o mesmo sistema. Vamos conhecê-las:
Nokton 17.5mm f/0.95
   A Voigtländer Nokton 17.5mm f/0.95 (equivalente a 35mm) possui abertura mínima f/16; sua construção interna possui 13 elementos em 9 grupos; diafragma de 10 lâminas; distância mínima de foco de 15cm; diâmetro do filtro de 58mm; mede aproximadamente 6.3x8cm e pesa cerca de 540 gramas. Seu preço no exterior é de 1150 dólares.
Nokton 25mm f/0.95
   A Voigtländer Nokton 25mm f/0.95 (equivalente a 50mm) possui abertura mínima f/16; sua construção interna possui 11 elementos em 8 grupos; diafragma de 10 lâminas; distância mínima de foco de 17cm; diâmetro do filtro de 52mm; mede aproximadamente 5.8x7cm e pesa cerca de 410 gramas. Seu preço no exterior é de 1000 dólares.
Nokton 42.5mm f/0.95
   A Voigtländer Nokton 42.5mm f/0.95 (equivalente a 85mm) possui abertura mínima f/16; sua construção interna possui 11 elementos em 8 grupos; diafragma de 10 lâminas; distância mínima de foco de 23cm; diâmetro do filtro de 58mm; mede aproximadamente 5.8x7.5cm e o peso não foi divulgado. O preço sugerido na Europa é de 1000 euros.

   Uma particularidade destas lentes é que, além da excepcional abertura, o diafragma possui 10 lâminas e em conjunto estes dois itens colaboram para que haja o melhor desfoque possível com elas. Também são lentes bem pesadas, devido ao tipo de vidro utilizado para a confecção de lentes com tamanha abertura e, como não poderiam deixar de ser, bem caras...

25 de julho de 2013

Total mudança de rumos na fotografia digital

   A fotografia digital está em constante evolução, praticamente uma metamorfose sem fim, tendências surgem e caem como num piscar de olhos mas talvez ela esteja no seu momento mais importante com tantas ideias novas surgindo, conceitos diferentes, e é o público quem está alterando o curso da história. Os smartphones ganham cada vez mais adeptos e, ao mesmo tempo, as câmeras compactas perdem espaço na mídia e no mercado.  É cada vez maior o número de pessoas que preferem usar um celular que faça boas fotos do que ter que carregar um celular e uma câmera compacta. E por que isso? Por causa da facilidade de integração com as redes sociais, o fenômeno do Instagram aconteceu, em boa parte, devido à popularização dos smartphones outrora caros e sem tantos recursos como atualmente. Com um dispositivo dotado de um sistema operacional bastante intuitivo (como Android, iOS ou Windows Mobile) você faz a foto e compartilha instantaneamente com o mundo usando uma rede 3G ou wi-fi. Com uma câmera compacta você não faz isso. Ou não fazia.
A Nikon S800c foi uma das primeiras câmeras digitais lançadas com sistema operacional Android
   As fabricantes de câmeras se mexeram, incluíram a conexão wi-fi em alguns modelos e tentaram recuperar a fatia de mercado perdida. Parece que deu certo, hoje já são muitas as opções de compactas com este recurso, incluindo a tecnologia NFC que permite a conexão com outro dispositivo móvel dotado da mesma tecnologia apenas ao tocá-los um ao outro. Então você passa a controlar sua câmera através de um smartphone ou tablet, o que torna as coisas mais fáceis e ágeis na hora do compartilhamento. Essa é a palavra-chave: compartilhamento. As pessoas, cada vez mais, querem mostrar ao mundo o que estão fazendo e isso inclui o que estão fotografando. Hoje em dia, até as câmeras reflex (as ditas profissionais) são dotadas de wi-fi ou, no mínimo, pode ser adquirido algum adaptador que faça esta conexão. Mas se sua câmera não possui wi-fi nem adaptador para isso, hoje em dia existem os cartões de memória dotados de tecnologia wi-fi! Ou seja, só não transfere e compartilha suas imagens instantaneamente quem não quer. E não vamos nos esquecer da Samsung Galaxy Camera que é, efetivamente, uma câmera mas que abriga um chip de telefonia móvel e possui versões só com wi-fi, com 3G e até com 4G!
A Samsung Galaxy Camera possui versões que aceitam até chips para acessar conexão 3G ou 4G
   Mas houve a contrapartida, as fabricantes de celulares reagiram e procuraram novidades para continuar nessa crescente e novidades muito interessantes vieram para aumentar a qualidade, não foram mudanças apenas por modismos. A Nokia implantou o sistema PureView que consiste em um sensor um pouco maior do que o normal e com uma resolução muito acima do normal mas que permite que se use uma área menor deste sensor criando a impressão de que a câmera do celular possui um zoom óptico e assim ampliando o alcance da lente com uma perda mínima de qualidade de imagem, muito melhor do que o zoom digital que as outras câmeras de celular oferecem tornando as imagens de baixíssima qualidade. Aparentemente, o lado ruim do Nokia 808, único celular da empresa que realmente possui a tecnologia PureView (outros carregam a marca PureView mas não a tecnologia) é o fraco e obsoleto sistema Symbian.
O Nokia 808 PureView foi o início de uma revolução nas câmeras de smartphones
   Outra empresa fez uma aposta arriscada, mas é a maior contribuição para o aumento da qualidade na fotografia digital, uma qualidade que ficou perdida anos atrás, a HTC. O que ela fez com seu espetacular HTC One é o que os fotógrafos e usuários mais avançados de câmeras pedem há tempos, mas as fabricantes de câmeras não tem coragem de atender: a redução da resolução! Por mais paradoxal que seja essa parece ser a salvação da fotografia digital. Os sensores não aumentam de tamanho, mas a resolução aumenta ano após ano, e o que acontece com as câmeras? O sensor não suporta tanta resolução e as imagens ficam com um nível de ruído que está começando a ficar inaceitável. Os mesmos sensores que no passado abrigavam 6 megapixels, hoje já abrigam 20 como se vê em algumas compactas Sony e a qualidade destas câmeras é sofrível, essa corrida alucinada pelos megapixels precisa acabar pois estão matando a fotografia digital. E por que as fabricantes não tem coragem para cessa essa briga? Porque lá atrás venderam a ideia de que quanto mais megapixel, melhor é a câmera. E naquela época, há 5 ou 6 anos atrás isso era verdade mesmo, mas agora não, estão extrapolando os limites dos sensores mas agora o grande público já comprou a ideia e não entende que o jogo virou, que as câmeras atuais são muito ruins em relação às de alguns anos atrás.
O sistema usado pelo smartphone HTC One me parece o melhor de todos
   Voltando à HTC, seu sensor possui apenas 4 megapixels, o que torna sua câmera muito superior à de qualquer outro smartphone. Coragem ela teve, mas será que o público compra a ideia? Ou será que desperdiçarão o que é, talvez, a melhor câmera feita para um smartphone em todos os tempos? E a reação das fabricantes de câmeras? A Olympus já declarou que pode acabar com sua linha de compactas mais simples, rumores dizem que a Fuji também pode seguir esse caminho. E as fabricantes cada vez mais incrementam as suas compactas premium, seus carros-chefes que ficam logo abaixo das câmeras reflex. Estão abandonando as câmeras mais simples em detrimento dos smartphones e apostando tudo nas mais avançadas e caras? São os novos tempos...

   Texto originalmente publicado na edição 44 da revista Distribuidores & Mercado Brasil

22 de julho de 2013

Hasselblad Stellar

   Dando sequência à recente parceria entre Sony e Hasselblad, foi anunciado o lançamento da Hasselblad Stellar que nada mais é do que uma Sony RX100 com nova roupagem. E me desculpe quem não gosta que se refira à câmera assim mas é exatamente isso que ela é, uma Sony RX100 com um design diferente assim como foi feito com a Sony NEX7 para a criação da Hasselblad Lunar e como a Leica faz há anos com as principais compactas Panasonic, não há nada de mal nisso. Há pessoas que insistem em dizer que há diferenças mas, na verdade, não há tecnicamente nenhuma diferença, é absolutamente a mesma câmera. Passa a impressão de que, por serem grifes caríssimas, Leica e Hasselblad não podem "imitar" suas parceiras.
Quatro versões da Hasselblad Stellar 
   O design da Hasselblad Stellar está bem menos espalhafatoso que o da Lunar, mas há várias opções também de acordo com a cor e material usados na empunhadura. Não há preço e data de disponibilidade definidos mas, provavelmente, o preço será estelar como seu nome. Lembrando que a parceria Sony-Hasselblad prevê o anúncio também de câmeras SLT (sistema reflex da Sony) com o nome da grife sueca, mas ainda não há uma data para isto acontecer.
Design bem mais elegante e menos espalhafatoso que o da Hasselblad Lunar
   Aqui neste site http://www.hasselblad-stellar.com/ é possível saber onde serão vendidas as Hasselblad Stellar, conhecer todas as versões disponíveis e verificar as especificações da câmera que vocês também podem conferir no link da RX100 no primeiro parágrafo.

17 de julho de 2013

Panasonic FZ70 assombra com 60x de zoom e grande angular de 20mm

   Quem estava pensando em comprar uma superzoom agora vai ter que esperar um pouco, acaba de ser anunciada a Panasonic FZ70 que possui algo que vai enlouquecer os maníacos por fotografia: uma grande angular de 20mm e 60x de zoom! Algo absurdo mesmo para os dias de hoje em que a evolução tecnológica é bastante acelerada. Nem tanto pelos 60x de zoom que, na prática, não trazem mais alcance do que Fuji SL1000, Sony HX300 e Canon SX50, mas pela grande angular de 20mm. Aliás, uma super grande angular!
Neste exemplo vemos a FZ70 com um tubo adaptador com rosca de 55mm e um filtro close-up
   A Panasonic FZ70 é equipada com sensor CMOS de 16.1MP (1/2.3 de polegada com 16.8MP de resolução total); sua objetiva com 60x de zoom cobre distância focal entre 20-1200mm com abertura f/2.8-5.9 e macro de 1cm; possui estabilização óptica; o tempo de exposição varia entre 1/2000 e 60 segundos; sensibilidade ISO 100-6400; modo contínuo de 10fps ou 5fps com autofoco contínuo; o alcance do flash é de até 13.5 metros em ISO AUTO e possui sapata para flash externo; fotografa em 3D e produz arquivos RAW; faz vídeos Full HD com taxa de 30fps em formatos AVCHD e MP4 e som estéreo; seu monitor LCD mede 3 polegadas e também há um viewfinder; e é alimentada por bateria com capacidade para até 400 fotos por carga. Estará disponível ao custo de 400 dólares sem data definida para início das vendas (o CNET informa que em agosto já estará nas lojas, o Imaging-Resource crava a data de 1º de setembro).
O design está um pouco mais arrojado do que o normal da série FZ
   Voltando ao que falei no final do primeiro parágrafo, o que assusta não são os 60x de zoom pois o alcance total é de 1200mm e isso já há outras câmeras que fazem. O que surpreende são os 20mm de grande angular, é algo nunca visto antes em uma compacta e isso certamente me deixa de cabelo em pé pois acabei de comprar uma superzoom para mim (Lei de Murphy) e ter um ângulo aberto deste jeito era um sonho. Vale ressaltar que não foi usada uma objetiva Leica nesta câmera, me parece ser um teste para implementar depois esta mesma grande angular com objetiva Leica em uma possível sucessora da FZ200, mas isso é pura especulação.
O painel traseiro praticamente não mudou nada em relação às antecessoras
   Opinião do blogueiro: Acho que a qualidade da Panasonic é indiscutível e este sensor de 16MP já mostrou que não faz feio, é confiável. Apenas fico curioso para saber o quanto há de distorção em uma lente de ângulo tão aberto assim em uma compacta. A princípio, na data de hoje, está totalmente recomendada e nem está tão cara assim, pelo menos no exterior. Será comercializada na Europa com o nome FZ72 e as conhecidas limitações de duração dos vídeos impostas às câmeras fotográficas vendidas neste continente.

Curso básico de estúdio fotográfico no Rio de Janeiro

logo preta
Curso Básico de Estúdio Fotográfico
(3 aulas)
Início 03/08/13 – 10 vagas
Horário: sábado de  9:00 às 13:00
Local: Av.  Nossa Senhora de Copacabana, 1120 / 204 – Copacabana / RJ
Investimento: R$ 250,00 a vista ou 2 vezes de R$ 140,00

Conteúdo das aulas:
1ª aula  - 03/08/13: Introdução ao estúdio fotográfico. Equipamentos, acessórios, tipos de iluminação.
2ª aula  -  10/08/13:  Retratos e fotos de grupos: Tipos de iluminação e poses.
3ª aula  -  17/08/13:  Produtos: Tipos de iluminação, truques e dicas para foto publicitária.

Mais informações, ficha de inscrição e dados bancários para pagamento:

15 de julho de 2013

Ressurgimento da Kodak

   No início de 2013 foi anunciado o retorno da Kodak à produção de câmeras digitais sob o controle da empresa JK Imaging que também é responsável pela produção das câmeras GE, então podemos imaginar que o hardware das câmeras destas duas marcas sejam da mesma procedência. Já foram produzidas algumas compactas e também está em desenvolvimento uma câmera mirrorless, rumores indicam que a Sony possa ser a fabricante dos sensores desta câmera, o que seria um alento. Vocês serão apresentados às compactas agora:
Kodak FZ41 com um design bem simples, sem invenções
   A Kodak FZ41 é equipada com sensor CCD de 16.15MP (1/2.3 de polegada com 16.44MP de resolução total); sua objetiva com 4x de zoom cobre distância focal entre 27-108mm com abertura f/3.0-6.6 e macro de 5cm; possui estabilização digital; o tempo de exposição varia entre 1/2000 e 4 segundos; sensibilidade ISO 80-1600; o alcance do flash é de até 5.2 metros em ISO 800; possui modo manual; faz vídeos HD com taxa de 30fps em formato MOV e som mono; seu monitor LCD mede 2.7 polegadas; e é alimentada por 2 pilhas AA com capacidade para até 360 por carga. Disponível nas cores vermelha e preta ao custo de 70 dólares.
A Kodak FZ51 também possui um visual simples e é mais fina devido ao fato de usar bateria
   A Kodak FZ51 é equipada com sensor CCD de 16.15MP (1/2.3 de polegada com 16.44MP de resolução total); sua objetiva com 5x de zoom cobre distância focal entre 28-140mm com abertura f/3.9-6.3 e macro de 5cm; possui estabilização digital; o tempo de exposição varia entre 1/2000 e 30 segundos; sensibilidade ISO 80-1600; o alcance do flash é de até 3.9 metros em ISO 800; possui modo manual; faz vídeos HD com taxa de 30fps em formato MOV e som mono; seu monitor LCD mede 2.7 polegadas; e é alimentada por bateria com capacidade para até 200 fotos por carga. Disponível nas cores vermelha e prata ao custo de 80 dólares.
Câmera de bolso com 4 pilhas AA, a Kodak FZ151 lembra as antigas Canon série A
   A Kodak FZ151 é equipada com sensor CCD de 16.15MP (1/2.3 de polegada com 16.44MP de resolução total); sua objetiva com 12x de zoom cobre distância focal entre 24-360mm com abertura f/3.3-5.9 e macro de 3cm; possui estabilização óptica; o tempo de exposição varia entre 1/2000 e 30 segundos; sensibilidade ISO 80-1600; o alcance do flash é de até 4.7 metros em ISO 800; possui modo manual; faz vídeos HD com taxa de 30fps em formato MOV e som mono; seu monitor LCD mede 3 polegadas; e é alimentada por bateria com capacidade para até 210 fotos por carga. Disponível nas cores prata, preta e vermelha ao custo de 150 dólares.
Curiosamente a Kodak AZ251 não possui o modo de prioridade de abertura
   A Kodak AZ251 é equipada com sensor CCD de 16.15MP (1/2.3 de polegada com 16.44MP de resolução total); sua objetiva com 25x de zoom cobre distância focal entre 24-600mm com abertura f/3.7-6.2 e macro de 3cm; possui estabilização óptica; o tempo de exposição varia entre 1/2000 e 30 segundos; sensibilidade ISO 80-3200; o alcance do flash é de até 7.1 metros em ISO 800; possui controles manuais; faz vídeos HD com taxa de 30fps em formato MOV e som mono; seu monitor LCD mede 3 polegadas; e é alimentada por 4 pilhas AA com capacidade para até 500 fotos por carga. Disponível nas cores branca, prata e preta ao custo de 150 dólares.
A Kodak AZ361 conta com todos os modos de prioridades
   A Kodak AZ361 é equipada com sensor CCD de 16.15MP (1/2.3 de polegada com 16.44MP de resolução total); sua objetiva com 36x de zoom cobre distância focal entre 24-864mm com abertura f/2.9-5.7 e macro de 5cm; possui estabilização óptica; o tempo de exposição varia entre 1/2000 e 30 segundos; sensibilidade ISO 80-3200; o alcance do flash é de até 7.5 metros em ISO 800; possui controles manuais; faz vídeos HD com taxa de 30fps em formato MOV e som mono; seu monitor LCD mede 3 polegadas; e é alimentada por bateria com capacidade para até 200 fotos por carga. Disponível nas cores azul, branca, prata e preta ao custo de 230 dólares.
Kodak AZ362 possui diferença signifcativa de sensor em relação à irmã
   A Kodak AZ362 possui as mesmas especificações da câmera anterior com exceção ao sensor que é um CMOS com resolução de 16.38MP (com 16.79MP de resolução total) que, consequentemente, lhe permite fazer vídeos Full HD e possui um modo contínuo mais rápido, neste caso, de 5fps. Este modo contínuo não foi divulgado nas outras câmeras. Disponível nas cores preta e vermelha ao custo de 250 dólares.
A Kodak AZ521 é agora a compacta de maior alcance entre todas as existentes
   A Kodak AZ521 é equipada com sensor CMOS de 16.15MP (1/2.3 de polegada com 16.44MP de resolução total); sua objetiva com 52x de zoom cobre distância focal entre 24-1248mm com abertura f/2.9-5.6 e macro de 1cm; possui estabilização óptica; o tempo de exposição varia entre 1/2000 e 30 segundos; sensibilidade ISO 80-3200; o alcance do flash é de até 7.5 metros em ISO 800; possui controles manuais; faz vídeos Full HD com taxa de 30fps em formato MOV e som estéreo; seu monitor LCD mede 3 polegadas; e é alimentada por bateria com capacidade para até 240 fotos por carga. Chegará às lojas no último trimestre do ano com custo estimado em 370 dólares.
A Kodak AZ521 também conta com todos os modos de prioridade
   Dá para perceber algumas particularidades logo de cara neste recomeço da Kodak:
  • Todas as câmeras possuem modo manual
  • As especificações das câmeras CCD denotam que usam sensores um pouco defasados em relação ao que se usa atualmente nas câmeras de outras marcas, mesmo as mais simples
  • A nomenclatura é bem facilitada devido à clara divisão entre duas séries e numeração de acordo com o zoom: FZ de Friendly Zoom e AZ de Astro Zoom. Os primeiros algarismos são referentes ao zoom que a câmera possui e o último indica a quantidade de modelos com aquele zoom
  • A Kodak AZ521 "roubou" o título de compacta de maior alcance com 1248mm contra os 1200mm das antigas detentoras deste título: Fuji SL1000, Canon SX50 e Sony HX300
  • Ainda não dá pra saber se todas estas câmeras possuem modo manual total ou limitação de controle de abertura como alguns modelos Fuji, Samsung e Sony

   Não dá para fazer uma "opinião do blogueiro" com estas câmeras pois é tudo muito novo, não sei quem é o fabricante dos sensores, não sei do que são capazes as lentes PixPro e estas câmeras estão difíceis de encontrar até nos EUA que são a terra da Kodak, imaginem no Brasil. Só nos resta torcer para que seja feito algo digno da história da marca mais importante da fotografia em todos os tempos.

11 de julho de 2013

Nokia Lumia 1020

   A Nokia causou enorme alvoroço quando lançou a tecnologia PureView com o aparelho Nokia 808, que ainda usava o obsoleto sistema operacional Symbian, há pouco mais de um ano. Devido ao grande sucesso do modelo anterior havia uma enorme expectativa em relação à continuação deste sistema já que a gigante finlandesa lançou vários aparelhos depois mas nenhum com a tecnologia PureView e a expectativa se tornou ainda maior pois todos estavam curiosos em saber como seria o desempenho desta bela câmera em um sistema operacional mais atual, no caso o Windows Mobile 8.
Enorme tela do Nokia Lumia 1020
   O Nokia Lumia 1020 é equipado com sensor CMOS de 38MP (1/1.5 de polegada com 41MP de resolução total); sua objetiva Zeiss é fixa em 26mm com abertura f/2.2 e macro de 15cm; possui estabilização óptica; sensibilidade ISO 100-3200; o alcance do flash é de até 4 metros; possui controles manuais; faz vídeos Full HD com taxa de 30fps em formato MP4 e som estéreo; seu monitor AMOLED sensível a toque mede 4.5 polegadas; e possui bateria de 2000mAh.
Detalhe de um protótipo do novo modelo
   Como a grande maioria dos smartphones atuais, conta com conexões wi-fi, NFC, 3G, 4G, bluetooth e já conta com 32GB de memória interna sem slot para cartão de memória. A ausência de slot de expansão de memória vem se tornando uma tendência nos aparelhos móveis atuais, já não é uma novidade. Conta com GPS e GLONASS para georreferência de arquivos e há um prático acessório que pode ser adquirido separadamente que é o carregador wireless para sua bateria que, conforme outra nova tendência, não é removível. Outro acessório interessante é um grip que faz o smartphone ficar com aparência de câmera digital.
Acessório que dá aparência de câmera digital ao Nokia Lumia 1020
   Opinião do blogueiro: Muita coisa mudou, acessando o link no primeiro parágrafo vocês podem perceber que o sensor diminuiu e não é uma diferença pequena, mas os primeiros exemplos de fotos divulgadas são animadores; na sensibilidade ISO, se por um lado perdeu o ISO 50, por outro ganhou o ISO 3200; agora há estabilização óptica; e a tela AMOLED aumentou. A bateria não parece ser suficiente para durar bastante e pode ser o principal ponto fraco deste smartphone que agora conta com um sistema operacional bem melhor que o anterior. Recomendada na data de hoje e estará disponível nas cores amarela, branca e preta ao custo de 300 dólares com pré-venda a partir do próximo dia 16 de julho.

8 de julho de 2013

Profundidade de campo e fator de corte

   Muitas das pessoas que procuram o blog para comprar a primeira câmera sentem-se fascinadas pelo fundo desfocado e procuram um equipamento que lhes permita fazer isso, só que a tarefa não é tão simples assim e um dos itens que precisa ser verificado é o tamanho do sensor: quanto maior ele for, mais fácil fica o desfoque. Câmeras reflex e algumas compactas premium (as que possuem os maiores sensores) fazem essas fotos com desfoque de fundo bem mais facilmente.
Ford Sedan Delivery 1940
Foto feita com uma câmera reflex
   Normalmente as compactas de bolso e as superzoom possuem sensores bastante pequenos que só permitem o desfoque de duas maneiras, uma é simplesmente usando a função macro para fotografar pequenos objetos próximos à lente e a outra é usando bastante zoom (se for uma câmera que permita isso) e o motivo a ser fotografado tem que estar bastante afastado do fundo. Mas ainda tem algo que pode ajudar e muito nesse desfoque que é a abertura do diafragma. Quanto maior a abertura usada, a profundidade de campo fica mais rasa e o fundo fica mais desfocado.
Chevelle SS Wagon 1970
Foto feita com uma compacta em condições semelhantes à anterior
   Hoje em dia, temos uma superzoom como a Panasonic FZ200 com abertura constante f/2.8, algumas compactas premium com lentes bem claras como a Panasonic LX7 e a Samsung EX2F com abertura f/1.4,  e outras compactas com sensores ainda maiores que essas com aberturas variando entre f/2.0 e f/2.8, mas quais delas oferecem o maior desfoque de fundo? As com abertura f/1.4, pois são as lentes mais claras, seriam a resposta imediata mas lembrem-se do início da postagem em que comentei sobre o tamanho do sensor, ele deve ser levado em consideração nesta conta.
A Samsung EX2F é uma das compactas com a maior abertura atualmente disponível
   O fator de corte, conhecido cálculo usado para determinar a distância focal equivalente das objetivas usadas nas câmeras reflex com sensor APS-C, também deve ser aplicado na abertura para sabermos qual é a abertura equivalente em 35mm, o tamanho do sensor Full-frame. Abaixo, alguns exemplos com as informações de abertura, tamanho do sensor, fator de corte e abertura equivalente de alguns modelos:
  • Panasonic FZ200 f/2.8 (1/2.3 de polegada = fator de corte 5.62): abertura equivalente f/15.7
  • Samsung EX2F f/1.4-2.7 (1/1.7 de polegada = fator de corte 4.6): abertura equivalente f/6.4-12.4
  • Fuji X20 f/2.0-2.9 (2/3 de polegada = fator de corte 3.93): abertura equivalente f/7.9-11
  • Sony RX100 f/1.8-4.9 (1 polegada = fator de corte 2.73): abertura equivalente f/4.9-13.4
  • Canon G1x f/2.8-5.8 (1.5 polegada = fator de corte 1.85): abertura equivalente f/5.2-10.7
  • Leica X Vario f/3.5-6.4 (APS-C = fator de corte 1.53): abertura equivalente f/5.4-9.8
 
Leica X Vario é a compacta com objetiva zoom que possui o maior sensor
   Temos acima 6 câmeras compactas com objetivas zoom e 6 tamanhos diferentes de sensores. Reparem que, curiosamente, multiplicando a abertura com o fator de corte, nem a câmera que possui a maior abertura (Samsung EX2F) e nem a câmera com o maior sensor (Leica X Vario) é a câmera com a maior abertura equivalente, a que possui a maior possibilidade real de desfoque de fundo. Essa câmera é a Sony RX100 que possui a abertura máxima de f/1.8, ou seja, o equivalente a uma objetiva f/4.9 em uma câmera Full Frame. Ou também o equivalente a uma objetiva com abertura de aproximadamente f/3.3 em uma câmera reflex APS-C, para efeito de comparação.
Sony RX100 é a compacta com objetiva zoom que possui a maior abertura equivalente em 35mm
   Vale lembrar que a Sony RX1 e sua sucessora Sony RX1R possuem sensor Full-frame e por isso não há cálculo a ser feito para a abertura de sua lente, é f/2.0 e fim de papo. Importante saberem que esse cálculo é apenas para determinar o nível de desfoque de fundo, a "clareza" da lente não muda em nada, a quantidade de luz que entra em uma objetiva f/1.4 em compacta é a mesma que entra em uma objetiva f/1.4 em uma Full-frame. O site usado para ter acesso ao fator de corte de cada sensor foi o DigicamDB.

5 de julho de 2013

Mural Junho/2013

  Este mês meu tempo foi curtíssimo e peço desculpas por não ter feito uma seleção tão cuidadosa quanto nos outros meses. Desta vez coloquei apenas as fotos que me chamaram realmente a atenção logo à primeira vista, geralmente faço uma espécie de repescagem momentos antes de fechar a galeria mas este mês não foi possível. Lembrando sempre que para fazer da galeria é preciso fazer parte do nosso grupo no Flickr e compartilhar suas fotos lá. Vamos aos artistas:

Elder Paes usando Motorola (Defy?)
.
Composição irretocável mostrando o contraste entre o branco e o colorido


Guilherme GMP usando Sony HX30
Ops
Er...parabéns aos envolvidos


Ricardo de Oliveira Correia usando Canon SX40
Estrada_São Carlos-SP
Uma das raras fotos em que acho que a cor seletiva foi bem usada


Turiano Neto usando Canon SX130
Mangal das Garças
Sou suspeitíssimo pra falar de alta saturação mas aqui ficou realmente bom


Maurício M. usando Nikon D5100 + 35mm f/1.8
Tô te esperando na janela ...
Aqui o nome da foto diz tudo: "Tô te esperando na janela"


Bruno Acosta usando Canon T3 + Sigma 10-20mm f/4.0-5.6
Parque Tanguá, Curitiba - PR; Brazil
Eis um exemplo em que a baixa saturação caiu bem melhor na imagem


Fernando Fon usando Canon T4i + Yashinon 200mm f/4.0
Yashinon-Dx 200mm f4 #-4728
Esse é o tipo de foto tecnicamente perfeita que ganha prêmio


Tiago Lourenço usando Nikon D90 + 18-105mm f/3.5-5.6
Trash the Dress
Bela paisagem ao fundo enriquecendo a composição da foto


Ricardo Timm de Souza usando Nikon P300
DSCN1040
Talvez esta foto não tivesse ficado tão boa se fosse em cores


Alexandra Paiva usando Canon T1i + 18-55mm f/3.5-5.6
Sem título
Ótimo exemplo de que ISO alto pode e deve ser usado nas ocasiões certas


   Estatísticas e curiosidades do mural:
  • Das 10 fotos deste mês, 5 foram feitas com compactas, 4 com reflex e uma com celular
  • A marca mais usada foi a Canon (vejam que surpresa! #sqn) com 5 fotos. Nikon foi usada 3 vezes, Sony e Motorola uma vez cada
  • Nenhum modelo de câmera repetido (e isso é muito bom)
  • Nenhum modelo de lente repetido (e isso também é muito bom)
  • Primeira vez que temos uma foto feita com lente Yashinon e não me lembro de ter visto antes outra foto feita com lente manual
  • Pela primeira vez metade da galeria é formada por fotos com imagens em preto e branco ou tons de sépia
  • Primeira vez que um voo nupcial aparece aqui na galeria
  • Brasil 3x0 Espanha, é tetra! (É tetraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, diria o outro)

2 de julho de 2013

Canon 70D é lançada oficialmente

   Parece que, finalmente, a Canon vai aposentar o sensor APS-C de 18 megapixels que, de tão bem-sucedido, durou 3 anos. Não há dúvidas que foi um projeto que deu muito certo e equipou câmeras reflex de 3 categorias diferentes da Canon, mas todo ciclo tem seu fim e chegou a hora de apostar em um sensor totalmente novo, com 20 megapixels que é uma resolução bastante adequada para a fotografia ideal. Mas não é só isso (como diria aquele antigo canal de televendas), há um novo sistema de focagem que promete revolucionar a forma de fazer vídeos. E este parece ser o foco principal da Canon já há algum tempo, vamos ver o que a Canon 70D tem a nos mostrar.
Monitor LCD totalmente móvel característico da Canon
   A Canon 70D é equipada com sensor CMOS de 20.2 MP (APS-C com 20.9MP de resolução total); possui 19 pontos de autofoco; o tempo de exposição varia entre 1/8000 e 30 segundos com sincronia de flash em 1/250; sensibilidade ISO 100-12800 expansível até 25600; modo contínuo de 7.0fps na máxima resolução limitado a 65 JPEG ou 16 RAW; possui wi-fi embutido; o alcance do flash é de até 12 metros em ISO 100; faz vídeos Full HD com taxa de 30fps em formato MOV e som estéreo; seu monitor LCD móvel e sensível a toque mede 3 polegadas e o viewfinder possui 98% de cobertura da visão; e é alimentada por bateria com capacidade para até 1300 fotos por carga.
Fartas opções de acesso direto a controles manuais
   A nova tecnologia Dual Pixel da Canon 70D promete um autofoco suave em vídeos como se fosse uma filmadora dedicada e o exemplo no site da fabricante é bastante animador. Para as fotos a promessa também é muito animadora, parece que esta é a câmera que sai na frente pela busca incessante de um autofoco realmente útil e rápido usando live view e ainda se aproveitando do monitor LCD móvel em várias direções, e não apenas inclinável. Outro destaque é que faz fotos nas proporções 4:3, 3:2, 16:9 e 1:1 sendo que todas elas possuem 3 resoluções diferentes de arquivos RAW, totalizando 12 opções de RAW variando de 3.3 a 20 megapixels.
Me parece que falta mais um controle giratório para modo manual
   Importante informação acrescentada dia 24 de julho: a Canon 70D (assim como a 6D) também possui duas versões, a W com wi-fi, e a N sem wi-fi. Este modelo N deveria ser vendido somente nos países onde há restrição de uso do wi-fi mas serão facilmente encontrados em lojas da Flórida, Paraguai e Mercado Livre, muitas vezes sem aviso da loja ou vendedor praticando má fé. Muito cuidado então na hora de comprar esta câmera.
Capa do manual de instruções indicando que há duas versões da Canon 70D
   Opinião do blogueiro: A Canon 70D parece ser uma câmera muito superior à sua antecessora 60D que é uma câmera excepcional, mas muito conservadora. A briga com a concorrência agora é de igual para igual, talvez esteja faltando um viewfinder com 100% de cobertura da visão mas todo o resto parece espetacular. Resta saber se o autofoco em live view para fotos está realmente rápido, e se estiver devemos ficar atentos a como a concorrêcia irá reagir a isto. Totalmente recomendada na data de hoje e estará disponível para venda no final de agosto ao custo de 1200 dólares o corpo, 1350 dólares o kit com a 18-55mm STM e 1550 dólares o kit com a 18-135mm STM.

1 de julho de 2013

Samsung Galaxy NX é realmente necessária?

   Quem é leitor mais antigo do blog sabe que sempre elogiei algumas atitudes vanguardistas da Samsung, sempre buscando inovar para tentar roubar uma fatia do mercado que pertence às grandes fabricantes de câmeras. E nos últimos meses ela tem elevado isso à máxima potência lançando primeiro a compacta Galaxy Camera, depois o Galaxy S4 Zoom, e agora a Galaxy NX. Mas a questão é: será que é realmente necessário uma câmera cara e destinada a usuários mais avançados dotada de um sistema Android e toda a facilidade de conectividade presente nele? Vamos ver as especificações:
Visualmente ela parece um pouco mais larga que o normal
   A Samsung Galaxy NX é equipada com sensor CMOS de 20.3MP (APS-C com 21.6MP de resolução total); possui sensibilidade ISO 100-25600; o tempo de exposição varia entre 1/6000 e 30 segundos; modo contínuo de até 9fps; faz vídeos Full HD com taxa de 30fps em formato MP4 com som estéreo; possui flash pop-up com alcance não divulgado e sapata para flash externo; seu enorme monitor LCD sensível a toque mede 4.8 polegadas; e sua bateria é bastane poderosa com 4360mAh.
Poucas opções de acesso direto a controles manuais
   Ela ainda conta com conectividade Wi-fi, bluetooth, 3G e 4G; possui 16GB de memória interna podendo ampliar até 64GB através de um cartão MicroSD; fotografa em 3D e RAW; possui GPS e GLONASS para georreferência de fotos com Google Maps; e seu sistema operacional é o Android 4.2 (Jelly Bean). Mas, voltando para a pergunta do primeiro parágrafo: será que há utilidade para tudo isso em uma câmera de lentes intercambiáveis? Será que estes itens todos referentes a um smartphone não caberiam melhor em uma compacta como já foi feito duas vezes pela própria Samsung?
Monitor LCD gigantesco nunca antes visto em uma câmera de lentes intercambiáveis
   Opinião do blogueiro: Ainda não foram definidos data de disponibilidade no mercado e preço mas as especulações falam em 1300 dólares. Se for isso tudo mesmo, é um absurdo e não vale a pena, por muito menos você consegue uma câmera mirrorless e um bom smartphone. Até porque, na minha opinião de pouco conhecedor de smartphones, não é algo que você possa substituir por uma câmera tão grande como essa e nem pagar a mais por mais um chip com plano de dados para ter os dois aparelhos.
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