30 de outubro de 2013

Olympus Stylus 1, mais uma compacta premium de longo alcance

   Talvez a Olympus Stylus 1 tenha chegado um pouco atrasada, mas me parece claro que é uma câmera muito mais equilibrada no custo-benefício em relação à rival criada pela Sony. Atrasada porque ficou a impressão de que dava pra ter uma grande angular de 24mm em vez dos 28mm apresentados nela, mas é justamente por ser uma câmera mais equilibrada que deve ser uma das sensações deste concorridíssimo fim de ano cheio de novidades.
Corpo bastante semelhante ao da Olympus OM-D
   A Olympus Stylus 1 é equipada com sensor CMOS de 12 megapixels (1/1.7 de polegada com 12.76MP de resolução total); sua objetiva iZuiko com 10.7x de zoom cobre distância focal entre 28-300mm com abertura f/2.8 constante e macro de 5cm; possui estabilização óptica; o tempo de exposição varia entre 1/2000 e 60 segundos (incluindo modo bulb de até 30 minutos); sensibilidade ISO 100-12800; modo contínuo de até 7fps (limitado a 200 arquivos JPEG); fotografa em RAW; é dotada de conexão wi-fi; possui flash pop-up com alcance de até 10.3 metros em ISO 1600; faz vídeos Full HD com taxa de 30fps em formato MOV e som estéreo (além de vídeos de baixa resolução com taxa de até 240fps); seu monitor LCD inclinável e sensível a toque mede 3 polegadas e há um viewfinder eletrônico; e é alimentada por bateria com capacidade para cerca de 410 fotos por carga. Estará disponível no exterior a partir de dezembro na cor preta ao custo de 700 dólares.
O dial de modos de exposição foi para o lado esquerdo para dar lugar a outro controle giratório
   Algo que irá agradar alguns usuários mais vançados é a possibilidade de conversão de arquivos RAW na própria câmera; além disso, está presente um filtro ND eletrônico que pode ajudar bastante nas fotos de longa exposição, por exemplo; possui muitos dials e botões de acesso direto aos controles manuais, incluindo um anel ao redor da lente e uma alvanca de zoom ao lado dela. A lente também possui uma tampa que se abre automaticamente ao ser "empurrada" pela lente e o wi-fi embutido possibilita que se use o GPS do dispositivo móvel conectado à câmera.
Monitor LCD inclinável também possui tecnologia touchscreen
   Opinião do blogueiro: Esta câmera utiliza um sensor já muitas vezes utilizado com sucesso em outras compactas premium e objetiva iZuiko que trouxe algo que faltava às compactas simples da Olympus, nitidez muito melhor e cores mais reais. A possibilidade de se ter pouco mais de 10x de zoom com abertura f/2.8 constante em um corpo relativamente compacto e sensor maior que o normal faz com que o preço desta câmera não seja considerado tão absurdo, é uma câmera cara mas que vale o quanto custa. Totalmente recomendada na data de hoje.

28 de outubro de 2013

Evolução das câmeras digitais (Ano de 2005)

   Estamos no ano de 2005 e após muitos anos de aceleradíssima evolução, em busca de uma espécie de "identidade visual e tecnológica", o mundo da fotografia experimenta um princípio de estagnação tecnológica. O mercado começa a ficar inchado de câmeras muito semelhantes, as fabricantes começam a lançar vários modelos com poucas modificações entre si e o formato visto na grande maioria das câmeras compactas já é o que se tornou o padrão de hoje em dia, algo que já havia acontecido com as câmeras reflex dois ou três anos antes. Mas ainda assim houve algumas tentativas de fazer algo diferente.
kodak Easyshare One e seu painel traseiro móvel
   A Kodak criou uma câmera que trazia um painel traseiro móvel, não era apenas o monitor LCD que se movia, era todo o painel incluindo os botões e controles. A Kodak Easyshare One trazia o maior monitor LCD até o momento (3 polegadas), possuía um sensor CCD de 4 megapixels e sua lente com 2.8x de zoom cobria disância focal entre 36-100mm.
Stylus Verve S e seu bizarro design
   Outro design que surpreendeu foi o da Olympus Stylus Verve S, câmera com apenas 2x de zoom entre 35-70mm e sensor de 5 megapixels com o tamanho padrão da época de 1/2.5 de polegada. Como podemos ver acima, foi um design que não vingou já que não há nada parecido hoje em dia. Foi uma bola fora da Olympus.
Canon SD450 e o adaptador wireless para impressão direta das fotos
   A Canon só teve algo digno de nota no ano de 2005 devido a duas novidades que só nos dias de hoje se tornaram algo mais corriqueiro: o wi-fi e o filtro low-pass. O primeiro foi encontrado (de forma precária) na compacta Canon SD450 wireless, e o segundo foi apenas modificado (e não suprimido) na reflex Canon 20Da. Câmeras que estavam à frente do seu tempo, mas não viraram a febre de hoje em dia.
Sony H1, o início de uma série de muito sucesso
   Por fim, acho que a Sony merece o destaque no ano de 2005. Foram três câmeras que merecem um comentário aqui: a primeira é a Sony T33 por introduzir um design superfino que é largamente usado hoje em dia. Isso também pode ser encarado como um sinal de que as compactas com controles manuais, algo anteriormente muito comum, começavam a rarear. A segunda é a Sony H1, o primórdio da sua série de compactas de longo alcance de maior sucesso, e que perdura até hoje.
A Sony R1 possuía monitor LCD e dial de modos de exposição em posições bem diferentes
   A terceira foi algo que injustamente (e imperdoavelmente) o blogueiro deixou passar na ocasião do lançamento da Sony RX10, o blogueiro deveria ter pesquisado melhor na época. A Sony R1, esta sim foi a primeira câmera no mundo a possui um sensor APS-C (CMOS de10 megapixels) com objetiva zoom, 24-120mm. E reparem na foto como era uma objetiva enorme, gigantesca, para apenas 5x de zoom. A abertura era f/2.8-4.8 e, sem dúvida alguma, foi a câmera de maior destaque em um ano de poucas grandes novidades. Mas essa câmera também tem um quê de bizarrice...
Sem comentários para este design

24 de outubro de 2013

Roteiros Geográficos do Rio #Rio450

   Sempre procurei participar de grupos fotográficos que promovem passeios para aproveitar melhor a cidade onde moro já que é repleta de atrações turísticas, me arrisco a dizer que são centenas entre parques, museus, mirantes, projetos arquitetônicos, praias, ilhas, entre outros. E há alguns meses, tomei conhecimento de um projeto do IGEOG (Instituto de Geografia) da UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) que se chama Roteiros Geográficos do Rio coordenado pelo professor João Baptista Ferreira de Mello e repleto de colaboradores.

   Mas o projeto vai além de conhecer a cidade e se aprofundar sobre a cultura, história e geografia locais; trata-se de uma busca pela auto-estima dos cidadãos e da própria cidade do Rio de Janeiro em si, uma cidade cheia de problemas (são muitos mesmo) e virtudes (também muitas) como qualquer outra metrópole, mas que se vê envolta em uma série de preconceitos e estereótipos que terminam culminando na péssima fama de cidade violenta. Não é um passeio fotográfico propriamente dito, é um passeio cultural, mas nada impede que se possa clicar um pouquinho da Cidade Maravilhosa, adjetivo dado por um escritor maranhense chamado Coelho Neto (que hoje dá nome a um dos bairros da cidade) em cada um destes passeios.

   Devido a uma série de desencontros, compromissos e incompatibilidade de horários, apenas neste mês de outubro participei pela primeira vez deste passeio que buscou reproduzir o caminho do papa Francisco em sua recente visita à cidade desde a Catedral Metropolitana no centro da cidade até o Palácio São Joaquim no bairro da Glória, e foi uma verdadeira aula de história e cultura do professor João. Vejam o que minhas lentes conseguiram captar durante pouco mais de duas horas:
Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro
Catedral Metropolitana de São Sebastião - Centro
Liceu Literário Português
Liceu Literário Português - Centro

Praça Mahatma Gandhi
Praça Mahatma Gandhi - Centro
Passeio Público
Passeio Público - Centro
Boate La Passion
Boate La Passion - Glória

Relógio da Glória
Relógio da Glória 

Igreja do Outeiro da Glória
Igreja do Outeiro da Glória

   Convido a todos os moradores da cidade e turistas, que porventura estiverem por aqui, a conhecerem o projeto do professor João e participarem dos roteiros desta verdadeira aula ao ar livre.

18 de outubro de 2013

Fuji XQ1 - A nova compacta premium da Fuji

   Pouco mais de um ano sai a sucessora da Fuji XF1, uma linda e bem funcional compacta premium. Com pequenas mudanças nas especificações, a Fuji XQ1 corrige o que talvez fosse o único pecado da câmera anterior: uma sensível perda de nitidez frente às concorrentes que possuíam sensores até menores. Mas a Fuji incluiu o fabuloso sensor X-Trans que, por ter uma matriz de pixels com arranjo diferente da trivial matriz Bayer, transformou o filtro anti-aliasing (low pass) em coisa do passado. Pelo menos para a Fuji...
A simples e bela Fuji XQ1
   A Fuji XQ1 é equipada com sensor X-Trans CMOS de 12MP (2/3 de polegada com resolução total de 14.5 megapixels); sua objetiva com 4x de zoom cobre distância focal entre 25-100mm com abertura f/1.8-4.9 e macro de 3cm; possui estabilização óptica; sensibilidade ISO 100-12800; o tempo de exposição varia entre 1/4000 e 30 segundos; modo contínuo de até 12fps; o alcance do flash é de até 7.4 metros; fotografa em RAW com conversão na própria câmerapossui wi-fi embutido; faz vídeos Full HD com taxa de 60fps em formato MOV e som estéreo; seu monitor LCD mede 3 polegadas; é alimentada por bateria com capacidade para cerca de 240 fotos. Estará disponível em novembro ao custo de 500 dólares nas cores preta e prata.
Pequeno grip para o ajuste do polegar abaixo do botão de disparo
   Opinião do blogueiro: A antecessora já era ótima, quase a comprei mas uma certa perda de nitidez em relação a outras me fez desistir da compra, mas essa promete corrigir a única falha que existia. O sensor X-Trans certamente traz a única coisa que faltava para a XQ1 ser considerada uma das melhores compactas premium do ano. O fato de vir com conexão wi-fi embutido mostra que essa tendência veio com tudo e, talvez, o único ponto fraco desta câmera seja a baixa duração da bateria, mas nada que não se resolva adquirindo uma extra. Totalmente recomendada na data de hoje.

17 de outubro de 2013

Pentax K3 e o filtro anti-aliasing que liga e desliga

   Depois da febre dos sensores sem filtro em várias câmeras Fuji e Nikon, chegou a vez da Pentax K3 aderir ao noo pote de ouro da fotografia digital. Mas não igual às outras, nessa câmera há um dispositivo que é uma espécie de interruptor que liga e desliga o filtro anti-aliasing (ou low-pass ou passa-baixas ou OLPF ou seja lá como quiser chamá-lo) e isso pode trazer o melhor dos dois mundos em relação à nitidez e resolução. A câmera simula artificialmente o uso do filtro ou não de acordo com a sua vontade, a qualquer momento, uma grande novidade.
Elegante versão prata com grip
   A Pentax K3 é equipada com sensor CMOS de 23.3 megapixels (APS-C com 24.7 megapixels de resolução total); possui 27 pontos de autofoco (sendo 25 pontos cruzados); possui estabilização no sensor, dispensando lentes com estabilizador de imagem;o tempo de exposição varia entre 1/8000 e 30 segundos; sensibilidade ISO 100-51200; modo contínuo de até 8.3fps (limitado a 60 arquivos JPEG ou 23 RAW); flash pop-up com alcance de até 13 metros em ISO 100; faz vídeos Full HD em formato MOV; seu monitor LCD mede 3 polegadas; e é alimentada por bateria com capacidade para cerca de 720 disparos por carga.
Não estranhem o nome Ricoh, ela é a dona da marca agora
   Esta câmera foi construída em liga de magnésio com selamento contra poeira e respingose há uma interessante função de vídeos em resolução 4K (3840x2160 pixels) para time-lapse. Para ajudar, há dois slots de cartão SD e um deles pode ser exclusivamente para estes vídeos. A Pentax K3 estará disponível na cor preta e também em uma edição limitada de 2 mil unidades na cor prata que já virá com um grip de bateria. Começará a ser comercializada em novembro ao custo de 1300 dólares o corpo, e 1600 dólares a versão especial prata.
Reparem nos modos exclusivos da Pentax no dial: Sv e TAv
   Opinião do blogueiro: Enquanto rola a briguinha entre os fervorosos fãs de Canon e Nikon (que às vezes fazem lançamentos sem sentido), vemos a Pentax fazer uma excelente câmera, com dois REAIS atrativos que justificam o lançamento de uma nova câmera: o filtro liga/desliga e os vídeos em 4k para time-lapse, além ainda do grande número de pontos de foco cruzados, 25. Totalmente recomendada na data de hoje, pena que o Brasil não existe para a Pentax.

Nikon D5300

   E mais uma câmera adere ao não-uso do filtro passa-baixas ou anti-aliasing ou low-pass (como queiram chamá-lo): é a Nikon D5300, que inaugura a quarta geração de reflex Nikon desde a mudança na nomenclatura. Tal qual sua antecessora D5200, traz um sensor de 24 megapixels e algumas poucas mudanças para justificar o lançamento de uma nova câmera por ano em cada categoria.
Já vem se tornando rotina a cor vermelha nas reflex de entrada da Nikon
   A Nikon D5300 é equipada com sensor CMOS de 24.2 megapixels (APS-C com 24.78 megapixels de resolução total); possui 39 pontos de autofoco (sendo 9 pontos cruzados); o tempo de exposição varia entre 1/4000 e 30 segundos; sensibilidade ISO 100-25600; modo contínuo de até 5fps; possui wi-fi e GPS embutidos; faz vídeos Full HD com taxa de 60fps em formato MOV e som estéreo; o alcance do flash é de até 12 metros em ISO 100; possui wi-fi e GPS embutidos; seu monitor LCD móvel mede 3.2 polegadas; e é alimentada por bateria com capacidade para cerca de 700 fotos por carga. Estará disponível em meados de novembro ao custo de 800 dólares o corpo e 1400 dólares o kit com a objetiva 18-140mm nas cores preta, vermelha e cinza.
Indicações de wi-fi e GPS, além de dial com amplos modos de exposição
   Esta câmera tem como principal marco o fato de ser a primeira reflex Nikon dotada de wi-fi embutido, sem necessitar de um adaptador externo e a presença do GPS embutido faz dela uma câmera altamente versátil. Mas fica aqui, pela primeira vez, minha crítica veemente à Nikon pela falta de motor de foco, que é uma característica das séries D3xxx e D5xxx: costumo explicar sempre a quem me procura que a falta de motor de foco não pode ser considerado um impeditivo para nada, mas se é pra lançar uma câmera nova todo ano, com poucas ou nenhuma mudança, o que impede a Nikon de incluir este motor de foco (que seria uma real mudança e um passo à frente para derrubar a concorrência) nas suas reflex de entrada?
Painel LCD totalmente móvel é essencial, sobretudo ao fazer vídeos ou usar o modo Live View
   Opinião do blogueiro: O que chama atenção na câmera é a inclusão de GPS e wi-fi, além do sensor sem filtro AA. Outra mudança bem-vinda foi o aumento da duração da carga da bateria que está bem condizente com o que a concorrência oferece. Para quem necessita de uma câmera com facilidade de conexão é uma ótima pedida e está recomendada na data de hoje, é qualidade garantida.

16 de outubro de 2013

Um monstro chamado Sony RX10

   Não sei se podemos chamar a Sony RX10 de superzoom (talvez no início da era digital poderia ser), mas o corpo robusto sugere que não é uma câmera comum e não falo somente do corpo em si, já que sabemos que um corpo volumoso não quer dizer nada (vide Nikon L810). Reparem como a lente ajuda a tornar a câmera mais robusta ainda, lembrando muito uma câmera do longínquo ano de 2004, a Panasonic LC5. Se o impacto funcional for semelhante ao impacto visual que essa câmera causa, é mais uma pulga atrás da orelha dos entusiastas da fotografia já que é mais um nicho que se abre, mais uma subcategoria de câmera dentro do que chamamos de compacta premium.
Reparem na indicação de diâmetro de 62mm para encaixe de filtros
   A Sony RX10 é equipada com sensor CMOS de 20.2 megapixels (1 polegada com 20.9MP de resolução total); sua objetiva Carl Zeiss Vario-Sonnar T* com 8.3x de zoom cobre distância focal entre 24-200mm f/2.8 constante e macro de 3cm; possui estabilização óptica; sensibilidade ISO 80-25600; o tempo de exposição varia entre 1/3200 e 30 segundos; possui modo contínuo de até 10fps; possui wi-fi e NFC; fotografa nas proporções 3:2, 16:9, 4:3 e 1:1 em JPEG e RAW; possui rosca para filtros de 62mm; o alcance do flash é de até 10.2 metros em ISO AUTO e possui sapata para flash externo; faz vídeos Full HD com taxa de 60fps em formato AVCHD e som estéreo; seu monitor LCD inclinável mede 3 polegadas e há um viewfinder eletrônico; e é alimentada por bateria com capacidade para cerca de 420 fotos por carga. Estará disponível no final de novembro ao custo de 1300 dólares.
Corpo de superzoom mas não é uma superzoom
   Temos aneis de foco, zoom e abertura como se fosse uma câmera reflex, além de vários dials e controles de acesso direto às funções, ou seja, agilidade total com esta câmera. Possui corpo em liga de magnésio selado contra poeira e respingos. A cereja do bolo é um LCD no alto da câmera informando os dados de exposição, há muitos anos não vemos isso em uma compacta. Infelizmente essa belíssima câmera ficará ofuscada com o lançamento das Sony A7 e A7R, talvez ela não tenha o destaque que merece na mídia especializada devido ao lançamento simultâneo. A Sony RX10 pode ser considerada uma evolução da Sony R1 lançada no ano de 2005.
Repleta de acessos diretos aos controles manuais incluindo aneis ao redor da lente
   Opinião do blogueiro: É uma câmera sem concorrência, sem parâmetros de comparação, foi criada (mais) uma nova categoria e por isso é tão difícil avaliar. Criará polêmica pois seu preço não é nada convidativo mas reúne características nunca antes vistas em uma mesma câmera como a combinação de um sensor de 1 polegada (com sua eficácia já comprovada na RX100) com abertura f/2.8 constante. Altamente recomendada na data de hoje, com a ressalva do altíssimo preço que é maior do que o de muitas câmeras reflex.

Sony A7 e A7R

   A Sony já havia causado enorme furor quando anunciou no ano passado o lançamento da Sony RX1, que viria a ser a primeira câmera compacta com sensor full frame da história da fotografia digital, considerando como compacta a câmera com lente embutida. Já houve, inclusive, uma sucessora dela (a Sony RX1R) e agora já temos a primeira câmera mirrorless com sensor full frame! Na verdade são duas as câmeras full frame lançadas, Sony A7 e Sony A7R, vamos conhecê-las...
Sony A7, a mais leve câmera full frame de lentes intercambiáveis do mundo
   As Sony A7 e A7R são equipadas com sensores diferentes: 24.3 megapixels na A7 (24.7MP de resolução total) e 36.4 megapixels na A7R (36.8MP de resolução total); possuem 25 pontos de autofoco (a Sony A7 possui também 117 pontos na detecção por contraste); fotografa nas proporções 3:2 e 16:9 em JPEG e RAW; o tempo de exposição varia entre 1/8000 e 30 segundos, incluindo modo bulb; sensbilidade ISO 50-25600; modo contínuo de até 4fps (5fps na Sony A7R); não há flash embutido; possui conexão wi-fi e NFC; faz vídeos Full HD com taxa de 60fps em formato AVCHD e som estéreo; possuem monitor OLED inclinável de 3 polegadas e viewfinder eletrônico de altíssima resolução; e são alimentadas por bateria com capacidade para fazer cerca de 340 fotos por carga. A Sony A7 custará 1700 dólares e a Sony A7R custará 2300 dólares, o corpo. Estarão disponíveis na segunda quinzena de novembro no exterior.
A Sony A7R possui um corpo praticamente idêntico ao da irmã mais barata
   O sensor usado na Sony A7R merece um parágrafo só para ele, sensor este que é baseado no utilizado na Nikon D800E que é fabricado também pela Sony. O redutor de filtro low-pass está lá, mas há uma outra novidade chamada de "gapless on chip". Esta nova tecnologia consiste em reduzir os espaços existentes entre um pixel e outro aumentando o tamanho dos pixels e permitindo que se absorva mais luz e produza menos ruído nas fotos.
Amplo acesso aos controles manuais, nessa imagem já vemos 4 dials
   Outra funcionalidade interessante, comum às duas câmeras, é o fato de serem cÂmeras com sensor full frame mas que permitem o uso de objetivas destinadas a câmeras APS-C. As lentes em questão são as do sistema NEX sem qualquer necessidade de um adaptador, as câmeras possuem uma espécia de modo APS-C para que seja possível usar estas lentes com redução de resolução já que só se utilizará uma parte da área do sensor, como acontece nas full frame Nikon.
Detalhe para mais um controle giratório e botão dedicado a vídeos no lado direito
   Também foi anunciado um adaptador para as lentes da baioneta A, aquelas que servem o sistema SLT da Sony. Este adaptador traz junto à baioneta um espelho translúcido e um motor de acionamento do mecanismo de abertura permitindo exposição automática. Este adaptador será comercializado no exterior ao custo de 350 dólares. Seis novas lentes também foram anunciadas: Carl Zeiss Vario-Tessar T* 24-70mm f/4 (1200 dólares), Carl Zeiss Sonnar T* 35mm f/2.8 (800 dólares), Carl Zeiss Sonnar T* 55mm f/1.8 (1000 dólares), Sony 28-70mm f/3.5-5.6 OSS (inclusa no kit da Sony A7 por mais 300 dólares) e Sony G 70-200mm f/4 OSS (sem preço definido), além da Sony G 70-200mm f/2.8 para a baioneta A (3 mil dólares).
Adaptador com espelho translúcido embutido
   Opinião do blogueiro: São duas novidades muito bem-vindas ao mundo das câmeras mirrorless que está totalmente estabelecido no exterior (só no Brasil ele não "pega"). São caras? Sim, mas são cÂmeras full-frame com tecnologias novas e sempre paga-se caro por novas tecnologias, esses preços em breve irão baixar. Estão totalmente recomendadas para quem pode pagar e tem facilidade para comprar no exterior já que a dificuldade para se conseguir lentes e acessórios para os sistemas Sony é enorme aqui no país da Copa do Mundo.

14 de outubro de 2013

Lentes Petzval

   O blogueiro aqui nunca abriu espaço para câmeras de filme (tentei falar da Fuji Instax mas me senti um tanto desestimulado), lomografia e afins, mas o assunto foi tão comentado nas últimas semanas que praticamente me obriguei a dar alguns pitacos sobre o assunto. Fucei várias fontes e achei muito material legal para poder falar sobre essa lente tão peculiar que era feita de latão e possuía um visual bem diferente. 
Agora poderão usar as lentes Petzval sem adaptadores em modernas DSLR Canon e Nikon
   A lente Petzval foi inventada no longínquo ano de 1840 por um físico chamado Joseph Petzval, nascido onde hoje fica a Eslováquia, com a intenção de se conseguir aberturas bem maiores do que as disponíveis na época usando uma construção diferente possibilitando fazer retratos com maior facilidade. Alguns "efeitos colaterais" devido a esta construção eram o fato de que praticamente só faz foco na parte central da foto e o bokeh gerado por ela assume um padrão arredondado assim como uma vinheta, um prato cheio para os amantes da lomografia.
Reparem no foco apenas na parte central do foto e no peculiar desfoque
   O que aconteceu para o assunto vir à tona foi que a Lomography iniciou uma campanha no Kickstarter para viabilizar a volta da produção das lentes Petzval, desta vez para as baionetas atuais Canon EF e Nikon F atraindo uma gama muito maior de usuários. Mas, como bem lembrou o DXFa, fica até feio não ter uma versão M42 das antigas câmeras Zenit. Por sinal, é a Zenit quem vai fabricar estas lentes, será que não é o ressurgimento da marca de origem soviética?
A nova lente possui um design muito parecido ao das antigas Petzval
   Enfim, o projeto no Kickstarter deu tão certo que a meta pretendida foi alcançada com muita antecedência e quem contribuiu a partir de 400 dólares começará a receber suas lentes a partir de dezembro de 2013. As especificações da lente Petzval são: distância focal de 85mm; abertura máxima f/2.2; distância mínima de foco de 1 metro; construção interna de 4 elementos em 3 grupos; diâmetro para filtro de 67mm; e pesa cerca de 500 gramas.
Sistema de troca de diafragma da Petzval
   O sistema de abertura desta lente é o Waterhouse em que há várias lâminas com um diafragma disponível, cada lâmina com sua abertura e, segundo o site do Kickstarter, as aberturas disponíveis além da f/2.2 são: f/4, f/5.6, f/8 e f/11. Trata-se de uma lente absurdamente cara para quem quer só brincar de desfoque, mas para quem gosta e tem dinheiro sobrando...

Fontes: Queimando Filme
            DXFa
            Tem na Fotografia
            Gadgets Info

10 de outubro de 2013

Aulões de Photoshop no Rio de Janeiro

   Em outubro e novembro o curso de fotografia Grande Angular no Rio de Janeiro promove dois aulões de edição de imagem no Photoshop, o primeiro é básico e o segundo é avançado. Para cada uma das duas aulas o investimento é de 80 reais e se houver interesse nas duas aulas o investimento é de 145 reais.
Inclui apostila com passo a passo dos exercícios


8 de outubro de 2013

Nova Full Frame Nikon D610

   Criaram uma nova subcategoria de câmera, a "full frame de entrada", e agora terão que arcar com as obrigações mercadológicas de anunciarem uma nova câmera por ano nessa subcategoria mesmo que não tenham mais no que inovar. Aliás, a Nikon D610 até inovou, mas não houve nada que justificasse um novo lançamento, algo que fizesse a diferença na resolução, fotometria ou sistema de focagem. Apesar disso, é mais uma excepcional câmera e como o preço é praticamente o mesmo da sua antecessora, podemos encará-la como uma simples atualização da D600.
Realmente a Nikon D610 é bem pequena para uma Full Frame
   A Nikon D610 é equipada com sensor de 24.3MP (Full Frame com 24.7MP de resolução total); possui 39 pontos de foco, sendo 9 cruzados; faz fotos na proporção 3:2 (em 16:9 quando em conjunto com vídeos); sensibilidade ISO 50-25600; o tempo de exposição varia entre 1/4000 e 30 segundos incluindo modo bulb e sincronia de flash em 1/200; modo contínuo de 6fps; o alcance do flash é de até 12 metros em ISO 100; faz vídeos Full HD com taxa de 30fps em formato MOV e som mono; possui monitor LCD de 3.2 polegadas e viewfinder com 100% de cobertura da visão (97% em modo DX); e é alimentada por bateria com capacidade para cerca de 900 fotos por carga. Estará disponível no exterior ao custo de 2 mil dólares o corpo, ou 2.600 dólares o kit com a objetiva 24-85mm f/3.5-4.5 no final do mês de outubro.
Muitos controles a mão, como deve ser uma boa reflex
   A grande novidade da Nikon D610 fica por conta do modo de disparo silencioso em que não há o som do espelho retornando e este disparo pode ser aplicado ao modo contínuo, porém este fica reduzido a 3fps. Possui dois slots para cartão SD, é compatível com o receptor w-fi da Nikon, e não poderia faltar o grande trunfo das Full frame Nikon que é a possibilidade de manter as objetivas DX utilizando apenas parte do sensor e reduzindo a resolução.
Detalhe da trava dos dials e dos modos silenciosos Q e Qc
   Seu corpo em liga de magnésio possui algumas partes seladas contra poeira e respingos possibilitando o seu uso em situações chuvosas, por exemplo. A fabricante informa que o ciclo de vida do obturador da Nikon D610 está estimado em cerca de 150 mil disparos, é câmera para usar e abusar durante muitos anos.
O grip é bem avantajado para um corpo relativamente pequeno
   Opinião do blogueiro: a Nikon D610 é uma excepcional câmera e os únicos pontos fracos (se é que podem ser chamados de pontos fracos) são o baixo número de pontos de foco cruzados e o microfone embutido mono. Há câmeras mais baratas com microfone estéreo e mais pontos de foco cruzados e isso é algo que já poderia ter sido revisto e justificado este novo lançamento, mas por outro lado pode ser a justificativa para se considerá-la uma câmera "de entrada".  Recomendada pois o preço é bom para uma Full frame e a qualidade de imagem deste sensor já foi atestada.

3 de outubro de 2013

Mural Setembro/2013

   Chegou a hora do mural com as fotos dos leitores e este mês algo curioso aconteceu: muitas fotos lindas, mas de muitos leitores que já apareceram na galeria do mês passado ou dos que já estão nesta galeria. O grupo tem crescido bastante mas os novos membros não tem postado fotos, quero fotos de novos leitores! Aproveitem para entrar para o nosso grupo do Flickr, pois basta compartilhar suas fotos neste grupo para que ela possa ser escolhida. E com dados EXIF, ok?

Turiano Neto usando Canon SX130
Complexo Feliz Lusitânia

Antonio Marin Jr. usando Canon SX50
São Paulo em Preto e Branco/Viaduto Santa Ifigênia

Bruno Acosta usando Canon T3 + Sigma 10-20mm f/4.0-5.6
Serra do Corvo Branco; Santa Catarina Brasil

Marcio Fernandes usando Canon 5D Mark II + 24-105mm f/4.0
Sem título

Φαlηo Santo usando Canon T4i + 18-55mm f/3.5-5.6
IMG_7304

Elder Paes usando Nikon D3100 + 18-55mm f/3.5-5.6
Ubatuba - SP

Ivaldo Costa usando Panasonic TS4
P1030997

Alexandre Ribeiro usando Canon T1i + 18-55mm f/3.5-5.6
ipiranga

Estatísticas e curiosidades da galeria:

  • Das oito fotos selecionadas, 5 foram feitas com câmeras reflex e 3 com câmeras compactas
  • A marca mais usada foi a de sempre, Canon (6 vezes), Panasonic e Nikon também foram usadas uma vez cada
  • Nenhum modelo de câmera foi repetido na galeria
  • A lente de kit 18-55mm f/3.5-5.6 foi usada em 3 fotos, 2 da Canon e uma da Nikon
  • Pela primeira vez temos na galeria uma flor multicolorida
  • Primeira vez que surge um mini homem sentado sobre livros aqui na galeria (ou os livros seriam gigantes?)
  • Vamos mudar um pouquinho de marca, pufavô, chega de Canon!
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